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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Sudão critica Obama por dizer que há genocídio em Darfur

O Sudão classificou ontem de "passo atrás" as declarações do presidente Barack Obama sobre "o genocídio em curso" na região de Darfur, onde ocorre uma violenta guerra civil.


"Trata-se de um passo atrás. Isso não ajuda, não é construtivo", declarou Ali Sadiq, porta-voz da diplomacia sudanesa, depois do discurso pronunciado por Obama neste sábado, em Acra (Gana).

"Quando se tem um genocídio em curso em Darfur ou terroristas na Somália, não se trata apenas de problemas africanos; são desafios lançados à segurança internacional que reclama uma resposta internacional", declarou o presidente americano em sua visita a Gana.

"Gostaríamos que o presidente [Barack Obama] consultasse seu enviado especial sobre o tema", afirmou ainda o porta-voz.

O enviado especial dos Estados Unidos para Sudão, Scott Gration, nomeado por Obama, se negou, em 17 de junho, em Washington, a classificar o estado atual do conflito em Darfur de genocídio.

"O que vemos agora [em Darfur] são os vestígios de um genocídio", declarou então. "A violência já não é coordenada como era entre 2003 e 2006."

Darfur é cenários desde 2003 de uma complexa guerra civil na qual morreram 300 mil pessoas segundo a ONU --10 mil, segundo Cartum-- e 2,7 milhões de pessoas foram deslocadas em função da violência.

O conflito opõe à princípio dois grupos rebeldes e as forças governamentais sudanesas apoiadas por milícias árabes, mas desde então a rebelião se fragmentou e o banditismo progrediu, com algumas tribos árabes aparentemente menos favoráveis ao governo.

Scott Gration tem previsto iniciar na terça uma visita de vários dias ao Sudão, durante a qual examinará, entre outras coisas, o futuro das conversações entre o governo e os grupos rebeldes em Darfur.

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