A coalizão do primeiro-ministro japonês Taro Aso perdeu as eleições municipais em Tóquio, vistas por analistas políticos como um teste para as eleições nacionais, marcadas para outubro.

Funcionários da justiça eleitoral japonesa adiantaram que o PLD (Partido Liberal-Democrata), de Aso, obteve 38 cadeiras nas eleições para a Assembleia Metropolitana da capital; a legenda aliada, Novo Komeito, conseguiu outros 23. Se esses resultados forem confirmados, os governistas perdem a maioria, garantida somente com 64 cadeiras.

O principal partido de oposição, o PD (Partido Democrático), conseguiu 54 cadeiras. O restante dos 127 assentos da Assembleia foram repartidos entre os demais oposicionistas e independentes.

O PLD tem governado o Japão por aproximadamente 50 anos. Pesquisas recentes indicam que a legenda deve perder influência para o "rival" PD.

O partido governista já enfrentou vários revezes nos últimos meses. O ministro do Interior japonês, Kunio Hatoyama, renunciou ao cargo em junho, por conflitos com a atual direção do serviço postal, a poucos meses das eleições gerais. Foi o terceiro ministro de Aso que renunciou em menos de um ano. O ex-titular de Transportes Nariaki Nakayama deixou o governo em setembro de 2008. Em fevereiro, foi a vez Shoichi Nakagawa, da pasta de Finanças.

A economia japonesa também enfrenta uma de suas piores crises desde a Segunda Guerra Mundial. 'Apesar da economia já ter tocado o fundo, continua sendo frágil e os níveis são menores que os de antes da crise financeira', declarou o novo ministro de Política Econômica e Fiscal, Yoshimasa Hayashi, no início deste mês.