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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Atores de 'Harry Potter' lembram a infância vivida nas filmagens

Quando a série de filmes "Harry Potter" terminar, os três jovens astros Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint terão encarnado seus papéis por mais tempo do que Sean Connery interpretou James Bond, Christopher Reeve viveu Super-homem ou Jerry Seinfeld atuou como ele mesmo na série "Seinfeld".


Radcliffe, Watson e Grint já passaram metade de suas vidas dentro do universo de J.K. Rowling. Radcliffe, que hoje tem 19 anos, tinha 11 quando foi escalado como o bruxinho Harry Potter no primeiro filme, de 2001. Watson, que também tem 19 anos, tinha 10 quando fez testes para interpretar a esperta Hermione Granger. Grint, o mais velho do trio, tem 20 anos.

"Eu provavelmente vivi como Ron tanto quanto como Rupert", conta Grint, que atua como o ruivo Ron Weasley, o sempre faminto amigo de Harry e Hermione.

O elenco e a equipe tiveram uma pausa das filmagens da última adaptação de "Harry Potter" - que será dividida em dois longas-metragens - para promover o lançamento de "Harry Potter e o enigma do príncipe", que tem estreia mundial na quarta-feira (15).

As primeiras resenhas do novo filme - o segundo dirigido por David Yates - foram positivas. Tanto a "Variety" quanto a "Associated Press" sugeriram que a produção é a melhor da série até agora. Os longas foram ficando progressivamente mais complexos, sombrios e realistas, mesmo dentro do mundo de fantasia da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Amadurecimento

Mas não foram apenas os filmes que amadureceram, o elenco também ficou mais maduro. Mais do que qualquer outro filme da série, "O enigma do príncipe" mostra que Radcliffe, Watson e Grint passaram de crianças a jovens adultos. Assistir hoje ao primeiro longa da saga lembra o quanto esses atores eram pequenos quando começaram.

Com o fim da franquia se aproximando, os jovens astros parecem ter sobrevivido ao estrelato infantil como pessoas notavelmente simples e atores cada vez mais talentosos.

"Para mim, olhar os filmes antigos é algo quase destruidor", diz Radcliffe. "Eu fico me torturando. Eu era novo e não poderia ser culpado pela atuação que mostrei nos dois primeiros filmes, aos 11 e 12 anos. Eu não era como Dakota Fanning, que conseguia simplesmente fazer. Era realmente uma performance infantil."

Esse tipo de consciência é comum para Radcliffe, que costuma ser chamado de Dan. Tímido na infância, Radcliffe se tornou um adolescente esperto e hoje, aos 19, adora indie rock, curte os bastidores do cinema e ama atuar. O ator veterano Michael Gambon, que interpreta Dumbledore afirma: "Ele não é mais um menino, é só olhar o rosto dele".

Os diversos atores britânicos que participaram da saga "Harry Potter" tiveram grande influência sobre Radcliffe, especialmente Gary Oldman, que vive o personagem Sirius Black.

Foi ao lado de Oldman, em "Harry Potter e o prisioneiro Azkaban", que Radcliffe percebeu seu amor pelas artes cênicas. "Alguma coisa aconteceu quando eu tinha 14 anos", lembra o jovem astro. "Eu comecei a levar mais a sério e ao mesmo tempo comecei a me divertir mais."

Daniel Radcliffe conta que seus pais sempre lembram que ele "não foi obrigado a continuar atuando". Mas ele se tornou cada vez mais confiante e começou a considerar sua criatividade (que ele atribui ao fato de ser filho único) o maior recurso como ator.

"Acho que eu teria acabado no cinema de qualquer jeito, provavelmente como um assistente de direção ou algo parecido. Mas aconteceu de ser assim", diz Radcliffe. "Quero ser alguém que trabalha em equipe."

Desde o início da franquia, o astro tem mostrado progresso a cada "Harry Potter" e começou a tentar papéis longe do universo de Rowling, como em uma participação especial na série de TV "Extras" e nos palcos da Broadway, na peça "Equus".

Os três jovens atores apontam o diretor David Yates, que está filmando os dois últimos filmes da série (a serem lançados em 2010 e 2011), como principal referência de aprendizado. "Eles estão tendo experiências novas fora do set e estão trazendo isso para os filmes", diz Yates.

As dificuldades do início

Emma Watson lembra as dificuldades do início de sua carreira. "Eu era muito nova quando tudo aconteceu. É difícil olhar para trás e me perguntar se eu realmente queria isso, é muito confuso", afirma a atriz.

Fora de "Harry Potter", Watson atuou em alguns poucos filmes e dedicou a maior parte de seu tempo aos estudos. Este ano ela deve ingressar na Universidade Brown, nos EUA, onde estudará literatura. "Eu teria explodido se não tivesse a escola para me colocar na linha", conta a jovem atriz.

Ela planeja continuar atuando, mas diz que a universidade pareceu uma decisão óbvia. "Nós três temos trabalhado duro desde os 10 anos de idade", afirma Watson. "No momento, eu preciso de um pouco de vida normal, só um pouco de espaço para eu decidir quem sou e quem quero ser."

Já Grint rodou dois longas-metragens fora do mundo de Harry Potter, que ainda não foram lançados: "Cherrybomb", uma comédia adolescente ambientada em Belfast, e "Wild target", com Bill Nighy e Emily Blunt. Ele diz que gosta dos papéis mais adultos e hoje já se sente confortável em frente às câmeras. "Quando comecei, fui quase jogado naquela situação, não me sentia à vontade", lembra. "Agora é diferente, acho que crescemos", diz o ator.
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