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Domingo, 28 de abril de 2024

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Governo argentino começa nesta quarta diálogo para reforma política

O governo argentino começará na próxima quarta-feira uma rodada de conversas que abrangerá os 50 partidos com representação parlamentar em busca de consensos para uma ampla reforma política e do sistema eleitoral --reforma impulsionada pela derrota do casal Kirchner nas eleições legislativas do último dia 28.


"A intenção é ouvir e que nos escutem", disse o ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, ao anunciar nesta segunda-feira que o diálogo começará com dirigentes de dez partidos políticos e que em 30 dias terá conversado com o total de 50 legendas que têm representação no Parlamento.

"Não há prazos [para chegar a consensos], mas pretendemos que o diálogo não seja interminável", disse, durante uma entrevista coletiva.

Randazzo, que liderará a rodada de conversas, disse que o governo que definir uma lei de eleições internas das forças políticas do país nas quais todos os cidadãos possam participar, não somente os filiados.

Afirmou que também se busca definir uma nova legislação sobre financiamento dos partidos políticos e reformar o sistema eleitoral, como reivindicam as principais forças da oposição, que venceram as eleições legislativas.

Por causa da crise econômica e política que levou à renúncia de Fernando De la Rúa da Presidência, no final de 2001, foi ditada uma lei de eleições internas nos partidos políticos "abertas" a todos os cidadãos, um dos poucos resultados da última mesa do diálogo realizada no país.

Randazzo lembrou que essa lei foi suspensa por consenso das forças políticas majoritárias, já que a obrigação de realizar uma eleição interna aberta a todos excluía as forças políticas que apresentassem um só candidato.

Além disso, o ministro disse que o sistema de financiamento dos partidos políticos, posto em xeque tanto pelo governo quanto pela oposição, deveria ser reformado para um melhor controle e para que haja "igualdade de oportunidades" na distribuição de recursos públicos.

O anúncio do diálogo veio após a presidente, Cristina Kirchner, ter sofrido críticas por ter minimizado a derrota eleitoral e feito uma mudança de ministros que, por ter apenas promovido funcionários fiéis ao governo, não indicou mudanças de rumo na gestão.
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