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Sábado, 20 de julho de 2024

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Obras inacabadas da Copa 'frustram o governo', diz ministro

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, lamentou hoje, que parte das obras de melhoria da mobilidade urbana previstas para a Copa não tenha ficado pronta a tempo do mundial. Segundo um levantamento da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, apenas 51,7% dos projetos de mobilidade urbana e das obras previstas para ampliar os principais aeroportos brasileiros já foram concluídas. Situação que, segundo o próprio ministro, frustra a equipe de governo.


De acordo com ele, os atrasos se devem tanto ao fato de que o projeto inicial era “ambicioso” demais - incluindo obras de melhorias de infraestrutura para toda a população e não apenas para quem vai prestigiar o evento da Fifa, como também à dificuldades legais e gerenciais.

“Nosso sonho era entregarmos todas essas obras, mas isso não foi possível por muitas razões. Parte delas ligada à (demora na obtenção de) licenças ambientais, processos de desapropriação e até mesmo dificuldades gerenciais, seja do governo federal ou dos governos estaduais e municipais”, declarou Carvalho ao participar, esta manhã, do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a área de prestação de serviços da Empresa Brasil de Comunicação (EBC Serviços).

“Fomos ambiciosos e quisemos aproveitar esse ensejo [o evento esportivo] para trazer às cidades benefícios efetivos não tanto para a Copa, mas para mudar a cara dessas localidades. Guardamos a frustração de não termos entregue todas as obras, mas o essencial nós conseguimos entregar. Melhor teria sido entregarmos tudo, mas não houve nenhuma cidade-sede onde a questão da mobilidade não tenha sido bem resolvida”, explicou o ministro. "Nosso cuidado é não deixarmos inacabada ou paralisada nenhuma das obras já iniciadas”.

O ministro também voltou a rebater as críticas aos gastos públicos com o evento. De acordo com a planilha do governo federal, foram investidos cerca de R$ 25 bilhões nos preparativos do evento, incluindo a reforma de estádios e as obras de infraestrutura. Desse total, quase R$ 8 bilhões foram destinados aos estádios, sendo que, desse valor, R$ 4 bilhões foram investidos por governos estaduais e municipais e outros R$ 3,9 bilhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“E quem tomou emprestado esse dinheiro vai ter que devolvê-lo, mesmo que a juros melhores (que os cobrados por bancos privados)”, disse Carvalho, garantindo que a decisão de sediar a Copa não desviou dinheiro de outras áreas. De acordo com o ministro, desde 2010, o governo federal destinou R$ 800 bilhões à saúde e à educação. “Estamos tranquilos para afirmar que os recursos destinados à Copa foram bem investidos. Não há nenhuma cidade-sede que não tenha sido beneficiada."
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