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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Familiares denunciam desaparecimento de parente em clínica acusada de maus tratos

De acordo com a mãe de Carlos Alberto da Glória, filho sumiu sem explicações


Após imagens mostrarem pacientes do centro de recuperação Morada para Jovens da Terceira Idade Nosso Rancho, de Águas Lindas de Goiás (GO), Entorno do Distrito Federal, sendo espancados, a família de outro paciente denunciou o desaparecimento de Carlos Alberto da Glória, 48 anos. Doente mental, o homem está sumido há dez meses.

De acordo com a mãe de Carlos Alberto, Delzuíte da Glória, o filho estava internado há dois anos no centro de recuperação. Em agosto de 2013, ela foi buscá-lo para levar o filho para casa, mas ele não estava lá e ninguém deu explicações sobre o paradeiro do paciente.

— Saí correndo gritando "cadê meu filho?". Tem um militar lá, que está internado, e disse "mataram seu filho". Aí outro falou: "cala a boca porque você está falando demais".

Delzuíte pagava um salário mínimo e entregava uma cesta básica por mês para manter o filho no Nosso Rancho. O caso foi registrado na PCGO (Polícia Civil de Goiás). Já houve audiência na justiça e o dono da clínica foi obrigado a pagar indenização de R$ 6 mil à família.

— Agora nós vamos entrar na Vara Criminal, avisou o irmão de Carlos Alberto, Paulo César.

O Morada para Jovens da Terceira Idade Nosso Rancho abriga 30 pessoas, entre elas cegos, cadeirantes e doentes mentais. A Secretaria de Saúde intimou a clínica, mas até agora ninguém apareceu para provar a legalidade do local.

A Prefeitura de Águas Lindas de Goiás descobriu que o mesmo dono mantém, da mesma forma precária, quatro outras clínicas. No passado, ele teria sido preso por manter centros de recuperação clandestinos em funcionamento.

— Fomos a essas clínicas pessoalmente e o cenário é de precariedade total. Falta de alimentação, mau cheiro, ambiente não adequado para os pacientes. Alguns com sinais de tortura, contou o diretor da Vigilância Sanitária, Euder Vieira.

Hoje a prefeitura não tem como solicitar o fechamento imediato do centro de recuperação porque não há lugar para encaminhar os pacientes internados. O ideal é que os familiares entrem em contato para buscar os parentes e levá-los para casa.

À TV Record, a irmã do dono da casa de recuperação negou as acusações e não quis comentar o assunto.

— Está tudo bem. Os familiares vêm para visitar normalmente.

Nas imagens feitas por um denunciante e divulgadas nesta quarta-feira (2), um idoso cego com dificuldade de locomoção é agredido com golpes de pauladas nas costas. Ele se rasteja pelo chão sem roupa e é agredido por uma suposta funcionária do local.
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