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Sábado, 20 de julho de 2024

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'Não tem explicação', lamenta mãe de adolescente vítima de estupro coletivo

Adolescente teria sido violentada por dez jovens em festa de Bauru.

Dois jovens foram presos e polícia tenta identificar outros envolvidos.

A família da adolescente de 17 anos, vítima de estupro, está revoltada e inconformada com o crime. A menina teria sido estuprada por dez jovens após aceitar a carona de um amigo para ir para casa. Ela estava na festa em comemoração aniversário de Bauru (SP), no Parque Vitória Régia. “Covarde, não tem explicação. Você ver sua filha desesperada, chorando, toda suja em um lugar estranho, com pessoas estranhas. Isso é para o resto da vida”, lamenta o pai, que não quis ser identificado para proteger a vítima.

Segundo a mãe, a jovem foi ameaçada e obrigada a beber e a usar drogas. “Bebe senão nós vamos arrebentar você”, conta o que eles diziam para a filha. “Estava bem abalada, fomos na maternidade para fazer as medicações e ficamos a noite toda na delegacia. Ela estava desesperada, não parava de chorar e foi dando os nomes de quem estava lá. Não tem explicação ser estuprada.”

Dois jovens, de 22 e 19 anos, suspeitos do crime, estão detidos na cadeia de Barra Bonita. A polícia tem dez dias para descobrir quantos e quem são os outros envolvidos. “Mesmo identificando, eu não sei se há possibilidade de reconhecimento, porque segundo a própria vítima ela estava alterada, então ela não tem condições de reconhecer, vamos ver se algumas por provas testemunhais para poder que esse autor também seja punida, independente de reconhecimento”, afirma a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Priscila Bianchini.

Segundo informações do delegado seccional Ricardo Martines, dois suspeitos continuam presos, apesar de ele mesmo ter dito inicialmente que os dois haviam sido soltos. “Eles estão presos por determinação judicial que transformou a prisão em flagrante em prisão preventiva.

”Revolta

A jovem estava com os amigos, que depois da festa foram para um bar, mas como ela não tinha dinheiro preferiu ir para casa. Foi quando teria encontrado um vizinho que ofereceu carona a ela. A revolta do pai com o “amigo” que abusou da confiança da menina é grande. “É difícil porque eu brincava com ele, por ele ser meu amigo ela confiou nele, é o que me deixa mais louco, porque ela confiou nele e ele fez isso, me revolta.”

Agora a família busca por justiça. “Quero que eles paguem pelo que fizeram, porque eles estão jogando contra ela.

Não justifica se ela quisesse namorar alguém ou não, não justifica eles se reunirem para abusar dela”, afirma a mãe.

Além da justiça, a família precisa dar apoio a vítima para que ela não sofra com problemas que podem ser causados pelo trauma. A psicóloga Katia Villanova diz que uma terapia também ajudaria neste momento.

“Primeiro a família tem que acolher, dar colo e olhar pra frente. A dor já aconteceu, então precisa buscar formas de lidar com a dor. A menina pode desenvolver fobia, síndrome do pânico, não se relacionar mais, porque a confiança dela foi quebrada. A ajuda terapêutica pode ajudar a prevenir coisas que no futuropodem prejuducá-la.”

Crime

Segundo o delegado seccional, a vítima diz que foi forçada a praticar um ato libidinoso, que diverge da conjunção carnal. "Ainda extraoficialmente, porque depende do laudo da perícia, ficou confirmado que não ficou confirmada a prática de conjunção carnal. mas qualquer ato libidinoso praticado sem o consentimento da vítima pode ser considerado estupro”, afirma o delegado.

Apesar de não confirmada a conjunção carnal, no hospital a jovem passou pelos procedimentos padrões, foi medicada contra doenças sexualmente transmissíveis e de prevenção da gravidez. Os suspeitos também teriam levado o celular da vítima e devem responder por estupro, roubo e associação criminosa.
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