Um protesto contra as mortes em série de mulheres acontece na tarde deste sábado (9) na Praça Cívica, no centro de Goiânia (GO). O evento que tem como objetivo reclamar da falta de segurança foi criado por uma rede social por familiares e amigos das vitimas. Até o momento cerca de 36 mil pessoas estão confirmadas.
A presença da Polícia Militar foi reforçada no local e eles afirmam que só vão agir se houver tumulto por parte dos manifestantes.
Os ataques são praticados desde janeiro deste ano e até agora 15 mulheres foram mortas, um homem e duas tentativas de homicídio. Os crimes acontecem sempre da mesma forma: as vítimas são abordadas, geralmente em pontos de ônibus e os suspeitos que usam uma moto passam atirando.
Na sexta-feira (8), a polícia prendeu o primeiro suspeito dos ataques. A polícia investiga 18 casos — 15 mortes de mulheres, a morte de um homem e duas tentativas de homicídio. O superintendente disse que o suspeito preso na sexta é investigado por dois crimes desse total, mas não especificou. Ele tem 1,80 m de altura e é moreno. Foram apreendidos com ele um capacete preto, uma moto preta e roupas da mesma cor. A polícia informou que detalhes do crime praticado por ele serão divulgados no fim do inquérito.
Os crimes começaram a ser praticados em 18 de janeiro deste ano. As vítimas são abordadas em pontos de ônibus por suspeitos em moto que passam atirando e fogem sem levar nada.
A polícia montou uma força-tarefa composta por sete delegados, 30 agentes de polícia e dez escrivães designados para esclarecer os casos.
Os agentes dizem não acreditar que os homicídios tenham sido cometidos por uma única pessoa. Entre os motivos que reforçam a hipótese está o fato de que, nos depoimentos já colhidos, testemunhas citam motocicletas de diferentes marcas e cilindradas. Além disso, as características físicas dos suspeitos também divergem.