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Sábado, 20 de julho de 2024

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'Não é esse monstro', diz irmão de rapaz que deu cotovelada em mulher

Foto: (Foto: Reprodução/TV TEM)

Mulher estava na frente do clube quando foi agredida por cotovelada

Mulher estava na frente do clube quando foi agredida por cotovelada

Família do comerciante diz que também ficou chocada com a agressão.

Mulher teve trauma craniano após agressão em São Roque (SP).

A família do comerciante Anderson Lúcio de Oliveira, preso após agredir com uma cotovelada a auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar Santiago, de 30 anos, na madrugada de 16 de agosto, em São Roque (SP), falou pela primeira vez sobre a agressão. O comerciante, apontado como o responsável pela agressão, está preso e deve responder por tentativa de homicídio qualificado, já que a vítima não conseguiu se defender. Fernanda permanece no hospital em estado estável e recebe cuidados médicos. Amilton de Oliveira, irmão de Anderson, diz que o comerciante está arrependido. "Ele chora muito, está arrependido. Falou pra gente ver tudo que precisar com a família dela, porque ele não é esse monstro que estão falando que ele é. Ele é um trabalhador", afirma.

As imagens da agressão foram registradas por uma câmera de segurança (veja o vídeo acima). Nelas é possível ver que Fernanda discute com o Oliveira, que está com um grupo de pessoas em frente a uma loja de motos, perto de uma casa noturna onde eles estavam momentos antes, na avenida Antônio Dias Bastos, no Centro de São Roque.

No vídeo, a mulher fala algo para o homem, que a atinge com uma cotovelada. Ela cai e pessoas que estavam no local chamam o resgate, que chega pouco tempo depois.

Para a cunhada de Anderson, ele não pensou no que estava fazendo. "Ele é uma pessoa calma. Por ser dono de comércio é bastante conhecido na cidade. Foi um choque pra nós. E pelas informações que os advogados trazem ele está muito chocado com o que fez. Ele realmente não pensou nem um minuto no que estava fazendo", afirma Cristiane da Cunha.

Família quer saber motivo da agressão

O pai de Fernanda ainda tenta entender o motivo que levou o comerciante a agredir sua filha. "Ela não pegou nele, não bateu nele, não fez nada nele pra levar essa cotovelada. Sinto uma revolta muito grande de ver um homem tão frio e fazer uma coisa dessas", afirma.

Em entrevista ao G1, o irmão de Fernanda, Eduardo Cézar, disse que a família não consegue entender o que aconteceu. "Nós estamos indignados pelo que houve com a minha irmã. Foi uma atitude bruta, totalmente ignorante.

Ninguém esperava que ele fosse reagir daquela forma e ninguém sabe ao certo qual o motivo da agressão", afirma o vendedor.

“Tivemos acesso às imagens porque sou amigo do dono da loja. Quando vi a cena levei um choque muito grande. Nós o conhecemos e ninguém esperava uma reação tão violenta como aquela”, afirma Eduardo.

Fernanda deixou a Unidade de Terapia Intensiva no sábado (23) e passa regularmente por exames para avaliar quais regiões do cérebro foram afetadas e quais as medidas que devem ser tomadas. Segundo o irmão, Fernanda pode ficar com sequelas. "Eles acreditam que possa ficar com sequela, porque uma parte do cérebro 'moeu' devido à pancada, segundo o médico", afirma Eduardo Cézar.

Investigações

Para a Polícia Civil de São Roque, o depoimento da vítima não será determinante para a conclusão do inquérito. “As imagens dizem tudo, foi quase um nocaute”, destaca a delegada responsável pelo caso, Priscila de Oliveira Rodrigues. A polícia aguarda ainda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) e do prontuário médico, que irá relatar com detalhes todas as lesões sofridas.

A delegada também avalia se irá convocar novamente as testemunhas do fato para depor. Na sexta-feira (22), seis pessoas prestaram depoimento na delegacia. “Todos disseram não terem visto o golpe e sim ouvido um barulho, depois disso viram a vítima caída no chão. Mas as imagens mostram claramente que houve testemunhas do golpe”, complementa a delegada. Neste caso, as pessoas ouvidas poderão responder criminalmente por falso testemunho.

Enquanto isso, Anderson segue preso temporariamente na Unidade Prisional de Transição de São Roque. Após a conclusão do inquérito, a prisão preventiva será solicitada à Justiça e o caso relatado ao Ministério Público.
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