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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Chávez diz que presidente interino de Honduras acabará "na lixeira da história"

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quinta-feira na Bolívia que o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltará ao poder e que Roberto Micheletti, que preside o novo governo do país, acabará "na lixeira da história".


"Zelaya está comprometido a voltar. Zelaya voltará. Este 'Gorileti' não tem outro caminho que não o da lixeira da história. 'Gorileti' vai para o lixo", disse Chávez, que participa das homenagens ao bicentenário da revolução de La Paz.

"Gorileti" é uma das formas depreciativas com as quais o governante venezuelano e outros porta-vozes oficiais se referem a Micheletti.

Chávez disse que alguns "gorilas querem retroceder aos séculos passados", em alusão aos militares que apoiam o golpe de Estado em Honduras.

"Eles se esqueceram que a América Latina já começou a mudar e que aqui não há volta atrás. A era dos gorilas acabou, é a hora dos povos", disse o líder venezuelano.

Chávez também apoiou as acusações feitas pelo presidente boliviano, Evo Morales, de que os Estados Unidos estão por trás da crise em Honduras, ao afirmar que "o Departamento de Estado americano deu o golpe".

O líder venezuelano disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, "está entre a cruz e a espada", pois "não lhe informaram" sobre o que ia acontecer em Honduras.

Além disso, Chávez disse acreditar na palavra do líder americano, mas esclareceu que não acredita "no império por trás de Obama, porque Obama é Obama e o império é o império".

Horas antes, o presidente Morales atribuiu a responsabilidade do golpe em Honduras ao Comando Sul dos EUA e pediu aos militares latino-americanos que construam uma doutrina própria, à margem da influência americana.

Golpe

Micheletti foi designado para a Presidência pelo Congresso Nacional, após o a derrubada de Zelaya pelo Exército, com apoio da Suprema Corte e do Parlamento, em 28 de junho passado. Desde então, seu governo, que não foi reconhecido por nenhum país, sofre com a rejeição internacional, e se apoia em uma aparente coesão entre os poderes no país para manter-se no poder até o início do próximo ano, quando deve assumir o presidente eleito nas eleições previstas para novembro.

Zelaya foi deposto na madrugada do dia em que pretendia realizar a votação sobre mudanças constitucionais que, segundo os opositores, tinha como objetivo eliminar a proibição à reeleição. O presidente deposto nega essa intenção, descartando ter sido enquadrado de forma adequada à pena de perda de mandato prevista na Constituição hondurenha para quem tentar remover essa barreira.

Embora rejeite o retorno de Zelaya, o governo interino negocia com o presidente deposto em reuniões mediadas pelo presidente da Costa Rica, Oscar Árias.

A continuidade desses encontros foi confirmada nesta quarta-feira, depois de ter sido colocada em dúvida um dia antes por Zelaya. Segundo o governo costarriquenho, delegações representando Zelaya e o presidente interino participarão da segunda reunião de negociação neste sábado, em busca de uma solução para a crise política. a primeira reunião acabou sem avanços representativos e nem ao menos um encontro entre Zelaya e Micheletti.
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