O ministro da Defesa colombiano, o general Freddy Padilla, disse nesta quinta-feira que o acordo para o uso de bases militares colombianas pelos Estados Unidos, não transformará o país em plataforma para ações contra a Venezuela e Equador.

"Da Colômbia não vão sair, em nenhuma hipótese, operações militares contra outras nações", disse Padilla. Em defesa do plano e para tranquilizar os vizinhos, o general afirmou: "Eu diria [a Venezuela e ao Equador] que a Colômbia está pensando nos seus próprios interesses de lutar contra o narcotráfico e terrorismo interno. Não haverá movimentação de tropas."

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, também saiu em defesa do acordo com os americanos. "Obter acordos com países como os EUA para que --com todo o respeito à constituição colombiana e autonomia nacional-- nos ajudem na batalha contra o terrorismo e o narcotráfico é da maior conveniência para o país", disse Uribe.

O governo colombiano chegou a um princípio de entendimento com os EUA nesta quarta-feira (15) e prevê a entrega de pelo menos três bases aéreas na Colômbia ao Exército americano. A previsão é que as bases sejam usadas por 800 militares e 600 funcionários de defesa.

Parte do trabalho envolverá operar os aviões americanos que fazem a vigilância da região durante 24 horas, além de coordenar satélites espiões para proteger os interesses dos EUA. A missão americana deve ser de natureza antinarcótica, mas também terá um elemento de combate ao terrorismo, já que alguns grupos rebeldes da Colômbia estão na lista das organizações consideradas terroristas pelo governo americano.

As negociações para o novo acordo foram iniciadas depois que o Exército americano devolveu as instalações da base militar de Manta ao governo do Equador. A base servia como o centro das operações dos EUA na região há pelo menos uma década.