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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Educação

Matrículas no ensino superior sobem 3,8% e atingem 7,3 milhões de alunos

Número de alunos que se formaram cai pela 1ª vez desde 2003, diz Censo.
Educação a distância e ensino tecnológico têm grande crescimento.

 

O Brasil registrou 7.305.977 estudantes matriculados em cursos de graduação no ensino superior, segundo dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na tarde desta terça-feira (9). Os números são referentes ao ano de 2013. São 268.289 matrículas a mais que em 2012, um crescimento de 3,8%, sendo 1,9% na rede pública e 4,5% na rede privada.

O crescimento foi inferior em relação ao censo anterior, quando o número de matrículas aumentou 4,4% de 2011 para 2012.


 

Deste total de estudantes universitários, 5,3 milhões (73,5%) estão nas instituições particulares. O restante (1,9 milihão) se divide entre instituições federais (1,1 milhão), estaduais (604 mil) e municipal (190 mil). Os alunos matriculados em cursos de graduação no Brasil estão distribuídos em 31.866 cursos, oferecidos por 2.391 instituições. A maior parte formada por universidades e faculdades particulares, 2.090 e o restante são instituições públicas (301).

As universidades são responsáveis por mais da metade das matrículas (53,3%). As faculdades concentram 29,1%; centros universitários, 15,8%; instituições federais de educação tecnológica, 1,6%.
 

Ingressantes x concluintes
Os dados mostram uma leve diminuição no número de alunos que entram no ensino superior (caiu de 2.747.089 em 2012 para 2.742.950 em 2013).

O total de estudantes que ingressaram no ensino superior somente em 2013 chegou a 2.742.950, um número 76,4% maior do que o registrado há dez anos. Já a quantidade de alunos que concluíram os estudos nesse segmento da educação foi de 991.010.

"É natural que o ritmo do número de matrículas venha a diminuir, porque vínhamos de um volume relativamente baixo na primeira década do ano 2000", disse o ministro da Educação, Henrique Paim. "Nós estamos fazendo um esforço significativo, e todas as políticas que temos adotado, seja através do Prouni ou do Fies, nós achamos que vão ter um efeito importante. O ritmo tende a aumentar na medida em que esses programas passam a ser mais conhecidos pelos alunos."

Houve pela primeira vez uma redução do número de alunos que se formaram diminuiu de 1.050.413 em 2012 para 991.010 em 2013, uma queda de 5,9%.

A proporção de alunos que terminam a faculdade em relação aos que entram é de 36%. Esta proporção tem dimunuído nos últimos cinco anos. Em 2009, era de 46%, caindo para 45%, 43%, 38% e 36%. Isso significa que  cada vez menos gente se forma em relação ao número de estudantes que entra.

Nas instituições públicas esta proporção é de 43,1%. Já nas instituições particulares, este índice é de 33%.

O ministro Paim disse que é preciso analisar essa relação entre os dados com calma. "Não posso afirmar nada, mas há um grande número de cursos abertos recentemente, que ainda não formaram seus primeiros alunos. Além disso, há um percentual grande de alunos vindos do ensino médio noturno, ou seja, estudantes que também trabalham e precisam de um tempo maior para concluir a graduação", afirmou Paim.

Francisco Soares, presidente do Inep, explica que a redução no número de estudantes concluintes foi maior nos cursos presenciais do setor privado. "A rede federal cresceu o número de concluintes em 3,8%, apesar de redução de quase 50% nos cursos a distância", afirmou.

O ministro e o presidente do Inep não quiseram informar ao G1 quais medidas serão adotadas para aumentar o percentual de alunos dentro das instituições que chegam a concluir o curso superior.

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