10 Set 2014 - 15:45
G1
O garoto, de 5 anos, vinha sendo tratado de um tumor no cérebro em um hospital de Portsmouth quando, contrariando recomendações médicas, foi retirado do local por seus pais e levado para a Espanha.
O caso provocou grande impacto na Grã Bretanha, já que inicialmente pensou-se que se tratava de um sequestro. Os pais chegaram a ser presos, mas foram liberados e puderam se reencontrar com o filho em um hospital de Málaga. Nesta segunda-feira (8), a família chegou a Praga, na República Tcheca, para onde viajou em busca do tratamento de protonterapia.
"Obtivemos a informação de que o tumor não se expande desde a operação de Ashya King na Inglaterra", afirmou à AFP nesta quarta-feira (10) a chefe do PTC, Iva Tatounova, sem dar mais detalhes.
"O conselho médico do hospital Praga-Motol confirmou a possibilidade de irradiação no PTC. Ao mesmo tempo, será aplicada quimioterapia", indicou, por sua parte, um comunicado do estabelecimento médico, baseando-se em uma série de exames realizadas neste centro. O comunicado não faz referência à propagação do tumor.
"Estamos otimistas e cruzamos os dedos por Ashya, mas ainda é muito cedo para dar um pronóstico", enfatizou, por outro lado, o médico Martin Holcat, do Praga-Motol.
A protonterapia, que não está disponível para o caso do garoto no Reino Unido, consiste em destruir as células cancerígenas irradiando-as com um feixe de prótons nas lesões e evitando os tecidos saudáveis.
Ashya King viajou para a República Tcheca após autorização dada pelo tribunal de Londres. Ele havia sido colocado na semana passada sob tutela da justiça britânica.
Os pais, Brett e Neghemeh King, consideram que o tratamento inicialmente previsto para o menino no hospital de Southampton, no sul da Inglaterra, era muito agressivo, por isso o tiraram de lá sem autorização.
Para financiar o tratamento, os pais, Testemunhas de Jeová, foram para a Espanha para vender uma casa que possuíam no país.