A Air France foi condenada a pagar tratamento psicológico e psiquiátrico a parentes de uma das vítimas do voo 447 que caiu no oceano Atlântico no dia 31 de maio.
O avião da Air France caiu com 228 pessoas a bordo --a maioria franceses e brasileiros. Ao todo, foram encontrados os corpos de 50 vítimas da tragédia.
O processo tramita na 19ª Camara Civel do Tribunal de Justiça do Rio. A desembargadora Denise Levy Tredler reformou uma decisão de primeira instância do próprio tribunal relativa a parentes do empresário Walter Carrilho.
Ao analisar o pedido original o juiz de instância inferior concedeu apenas a tutela antecipada --decisão provisória até que o mérito seja analisado-- do valor da pensão e a fixou em R$ 14 mil. O entendimento dele era de que o valor seria suficiente para custear os tratamentos psicológico e psiquiátrico dos familiares.
Segundo o advogado dos parentes, João Teodoro, a empresa havia tentado reduzir o valor para R$ 4.000. O juiz manteve apenas o valor de R$ 14 mil.
Na decisão da desembargadora, pai, mãe, irmã, mulher e três filhos de Carrilho terão direito a receber, cada um, o valor equivalente a sete salários mínimos (cerca de R$ 3.200) ao mês para custear os tratamentos durante um período de 24 meses.