A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou nesta sexta-feira à Índia para uma visita de três dias destinada a aprofundar os laços com este país que tem um papel de destaque nos âmbitos comercial, de controle de armas e de mudança climática.
Em sua primeira escala em Mumbai, Hillary se reunirá com empresários, profissionais da educação e um grupo de mulheres, e prestará homenagem às 172 vítimas dos ataques perpetrados na cidade em novembro de 2008.
No domingo, Hillary viajará à capital Nova Déli para conversar com o primeiro-ministro, Manmohan Singh, e o chanceler, S.M. Krishna, antes de viajar à Tailândia para liderar a delegação americana na reunião da Asean, a Associação de Nações do Sudeste Asiático.
Hillary disse esta semana que a administração Obama está "fazendo todo o possível para ampliar e aprofundar nosso compromisso" com o novo governo indiano --liderado pelo Partido do Congresso, que ganhou as eleições de maio passado.
Os oficiais americanos esperam voltar da viagem com entendimentos tangíveis em pelo menos três áreas:
1-Assinar um acordo para assegurar que as tecnologias das armas americanas vendidas à Índia não seja repassada para outros países, um passo requerido pelas leis dos EUA para vender seus materiais bélicos.
2-Estabelecer um 'diálogo estratégico' entre os dois países, a ser conduzido por Hillary e o ministro das Relações Exteriores indiano, S.M. Krishna.
3-Garantir o anúncio da Índia da reserva de dois terrenos para que companhias americanas possam construir usinas de energia nuclear no país, o que poderia gerar US$ 10 bilhões (R$ 20 bilhões) em negócios para firmas dos EUA.
Os três entendimentos devem ser anunciados por Hillary na próxima segunda-feira (20), em Nova Déli.