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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Aplicativo policial que ajuda a achar criminosos tem já 20 mil downloads

Sistema gratuito também ajuda a localização de pessoas desaparecidas.

Delegado que criou ferramenta diz que mais de 18 pessoas foram presas.

Mais de 20 mil downloads já foram feitos no aplicativo "Sistema de Informação para Proteção à Pessoa" (SIPP), idealizado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a população ajudar a identificar criminosos e localizar pessoas desaparecidas na Bahia. O software é considerado o primeiro do tipo no Brasil pela Secretaria de Segurança Pública.

Em quatro meses, cinco dos suspeitos com rostos expostos foram mortos e 18 detidos. Em média, 10 denúncias de desaparecidos chegaram pelo aplicativo. Esse balanço foi informado pelo delegado Jorge Figueiredo, diretor do DHPP e criador do programa, em conversa com o G1 nesta segunda-feira.

A ferramenta gratuita está disponível para smartphones com o sistema operacional Android ou IOS. Segundo Figueiredo, o aplicativo dispõe de banco de dados com informações de unidades policiais do interior do estado e possibilita ao usuáro identificar, por meio de fotografias, os principais procurados.

"Ele permite que você veja os procurados do DHPP, do interior, entre homicidas e traficantes, do Denarc [Departamento de Narcóticos], assaltantes de bancos e, até a semana que vem, estamos atualizando o banco de dados e incluindo mais assaltantes e procurados", explica.

Há quase 200 suspeitos cadastrados e, na medida em que são capturados, novos nomes são inscritos no sistema. De acordo com o delegado, atualmente, são 64 procurados do DHPP, 40 do Denarc, 14 do interior, 47 do Baralho do Crime e 10 assaltantes de bancos.

"É uma expansão muito grande. A gente tem um canal pelo Facebook, que é muito usado, mas nem todo mundo vai para a tela do computador. O celular tem poder catalisador muito grande, se processou de maneira muito mais rápido", comenta.

No caso das pessoas desaparecidas, o banco de dados fornece informações como a data de nascimento e os telefones para contatos. "Nós podemos prender as pessoas, mas não fazer com que um ente perdido volte. Uma das coisas mais interessantes desse aplicativo é poder trazer essas pessoas desaparecidas de volta", avalia.

Três funções disponíveis pelo SIPP estão restritas à utilização por profissionais da segurança pública: o Portal SSP, no qual é possível consultar a ficha criminal e se há mandados de prisão em aberto; o Sicohnar, que reúne um banco de dados cruzando informações do DHPP e Departamento de Narcóticos (Denarc); e o Termômetro DHPP, em que consta estatística diária sobre o registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). "Esse sistema é de suma importância para a Polícia Civil porque você faz com que a população passe a interagir com a polícia. Ela tem condições agora de estar auxiliando, de se sentir parte do processo", descreve o delegado.

O sistema está disponível para Android nas lojas de aplicativos. No caso dos usuários de IOS, é possível baixar o app pelo site da Polícia Civil.

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