Alguns candidatos que não conseguiram entrar na manhã de hoje na Universidade de Cuiabá (Unic), campus da Avenida Beira Rio, um dos locais de prova do programa Crédito Educativo Municipal (Bolsa Universitária), alegam terem perdido o teste seletivo por falta de ônibus e ainda reclamam de agressividade por parte de pessoas que trabalhavam nas catracas de entrada.

A candidata Karyn Albernaz, moradora do bairro Parque Cuiabá, disse que ela e aproximadamente mais dez pessoas aguardaram no ponto de ônibus localizado em frente à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por cerca de uma hora, mas que durante o período nenhum coletivo para chegar à Unic passou no local.

Diayne da Silveira e Vânia Morais, moradoras do Parque Cuiabá, também estiveram no mesmo ponto de ônibus. As duas reafirmaram a informação da outra candidata que também perdeu o vestibular. “Não passou nenhum ônibus que leva até a Unic, que seria o Parque Cuiabá, Pedra 90 e Santo Antônio de Leverger”, reclamou Vânia.

As candidatas afirmaram que só conseguiram chegar à Unic através de uma carona e alegam que ainda estavam dentro do limite de horário. “Chegamos 8h10 e não nos deixaram entrar. Ainda havia pessoas entrando e o pessoal da entrada foi mal educado com a gente”, desabafou a candidata Karyn, que iria fazer a prova para tentar uma vaga no curso de Designer de Moda.

O secretário de Educação do município, Carlos Carlão do Nascimento rebateu a informação das candidatas que perderam o teste, dizendo que a entrada nos locais de prova foi permitida até as 8h30. Conforme Carlão, a comissão responsável pelo processo seletivo, constituída por representantes do Executivo Municipal e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Mato Grosso (Sinepe), orientou os candidatos a compareceram ao local de prova com, no mínimo, 40 minutos de antecedência. “Fizemos todos os comunicados”, disse ele.

Sobre a falta de transporte coletivo, Carlão concordou que não houve a disponibilização de linhas extras. “Não pedimos mais linhas para hoje, mas infelizmente muitas pessoas deixaram para a última hora”, apontou o secretário. Ele acrescentou ainda que recebeu poucas reclamações. “Acho que o índice de reclamação é baixíssimo para o mega vestibular que estamos fazendo”, completou Carlão.

Outros candidatos também não puderam fazer o teste seletivo por não apresentarem um documento pessoal com foto. As jovens que fizeram a reclamação ao Olhar Direto afirmaram que vão pedir a restituição do valor da inscrição, que custou R$ 25,00.