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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Alckmin quer reduzir pela metade dependência do Cantareira até junho

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na manhã desta segunda-feira (3) que irá reduzir a retirada de água do Sistema Cantareira em 50% até o próximo inverno, em junho do ano que vem. As represas do sistema, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, estão no menor nível da história por causa da estiagem prolongada. 


"Neste mês de novembro vamos entregar mais 1 metro cúbico por segundo do Sistema Guarapiranga. Nós retirávamos do Cantareira 33 metros cúbicos por segundo. Hoje nós retiramos 19 e, com esse 1 metro do Guarapiranga, vamos reduzir para 18. Nós estamos gradualmente menos dependente do Cantareira. Então, quando nós entrarmos no próximo inverno, estaremos retirando menos da metade do Cantareira", afirmou o governador.

A redução da captação da água do Cantareira foi uma determinação da Agência Nacional das Águas (ANA) à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). De acordo com a Alckmin, a medida "é um ganho espetacular para a segurança hídrica". Ele falou sobre a crise da água após evento de inauguração do Hospital do Homem no Imirim, na Zona Norte de São Paulo.

Questionado qual é o plano do governo se as represas secarem, ele respondeu que o plano é interligar os sete sistemas de abastecimento de água em São Paulo. "E, de outro lado, o uso racional da água, que evita o desperdício", afirmou. Ele também disse que, quando a parceria público-privada (PPP) do São Lourenço estiver pronta, será o oitavo sistema interligado.

O governador lembrou que a chuva em São Paulo não resolve a seca do Sistema Cantareira. "Não adianta chover em São Paulo, tem que chover em Minas, porque o Cantareira são águas de Minas."

De acordo com o governador, o período mais crítico já passou e, a cada dia, estamos mais perto do período chuvoso. “O inverno passou, já estamos no meio da primavera, as chuvas já estão chegando e com uma boa reserva. No caso do Alto Tietê nós subimos [nível do sistema], já estamos em quase 9% em razão de um novo sistema que foi incluído e, no caso do Cantareira, nós ainda não utilizamos a segunda reserva técnica”, justificou.

No entanto, a informação de que a segunda cota do volume morto não foi utilizada é contestado pela ANA, que alega que a Sabesp aumentou a vazão de água no sistema, o que diminuiu o nível da represa Atibainha.

Nova queda
As represas do Sistema Cantareira, que abastecem 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, registraram uma nova queda e estava com 11,9% de sua capacidade nesta segunda-feira (3). O valor considera a segunda cota da reserva técnica conhecida como volume morto. Neste domingo, (2) o sistema operava em 12,1%.

No sábado (1º), o Cantareira registrou 19 mm de chuva. A precipitação, no entanto, não foi suficiente para fazer com que os níveis das represas aumentassem porque parte da água evaporou ou foi para a vegetação antes de chegar ao sistema.

A chuva, no entanto, reduziu o ritmo de queda do nível do sistema. A queda foi de 0,1 ponto percentual neste domingo. Sem chuva, a queda diária costuma ser de 0,2 ponto percentual, como ocorreu de sexta para sábado. A previsão é que chova até 142 mm na região nos próximos dias.

Hospital do Homem
O governador participou nesta segunda (3) da cerimônia de inauguração oficial do Hospital do Homem no Imirim, na Zona Norte de São Paulo. O evento correu no período pós-eleições porque a lei eleitoral proíbe que candidatos que concorrem a cargos no Executivo participem deste tipo de cerimônia.

A unidade voltada para a saúde masculina é a segunda na cidade - o primeiro Hospital do Homem está localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. O hospital da Zona Norte começou a funcionar em setembro e realizou 300 cirurgias. Instalada nas dependências do Hospital São José, a unidade oferece serviço especializado em tratamento do câncer de próstata e doenças relacionadas ao coração, as que mais afetam os homens.

No local, há três salas cirúrgicas, uma sala de recuperação com quatro leitos, 31 leitos gerais, 10 leitos de UTI e cinco leitos de hospital-dia. O Hospital do Homem tem um ambulatório com seis consultórios, sala para curativos e sala de espera para atender até 100 pacientes. Foram investidos R$ 2,3 milhões dos cofres públicos.

A estimativa da Secretaria de Estado da Saúde é que o hospital realize 760 consultas ambulatoriais e 100 cirurgias por mês, inicialmente. O objetivo é chegar a 200 cirurgias por mês.
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