A eleição do deputado estadual Mauro Savi (PR) para presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso está mobilizando a cúpula do Partido da República. O presidente da Executiva Regional, senador eleito Wellington Fagundes (PR), tratou de envolver até mesmo o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), no projeto.
Leia também:
"É uma mentira deslavada", diz Riva sobre retirada da assinatura de Brunetto
A expectativa era de que Maggi participasse, nesta quinta-feira (06/11), da reunião do Diretório Regional com os deputados estaduais. Todavia, sua presença foi descartada, por ter se submetido a intervenção cirúrgica de diverticulite, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP).
Em verdade, o encontro estava previsto para acontecer na terça-feira da semana passada (28/10), mas foi transferido para conciliar a agenda dos parlamentares e buscar a participação de Maggi.
Embora o PR tenha conseguido eleger a maior bancada individual para o Poder Legislativo do Estado, existe risco latente de dicotomia interna. Além de Savi, o PR reelegeu os deputados estaduais Emanuel Pinheiro, Wagner Ramos, Sebastião Rezende e Ondanir Bortolini Nininho.
Dos cinco, pelo menos dois já manifestaram publicamente suas insatisfações com a condução do processo: Emanuel Pinheiro e Wagner Ramos. Na tribuna da Assembleia Legislativa, Pinheiro chegou a criticar Savi e Wellington Fagundes, por possível falha na condução do diálogo, na definição dos rumos da sigla na eleição da futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Pinheiro e Wagner Ramos desejam levar o PR para a base de apoio do governador eleito José Pedro Taques (PDT). Por conta da proximidade com a presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT), Wellington Fagundes resiste e deseja Mauro Savi na presidência do Legislativo. No PT, até o momento, apenas Mauro Savi é quem declarou interesse em ser presidente da Assembleia. A reclamação de Emanuel Pinheiro é justamente porque Savi não colocou o nome internamente, em discussão com a bancada.
Em tese a nova bancada de oposição é composta por 13 deputados, na futura legislatura. É um número maior que os aliados do governador eleito, que elegeu 11 deputados. No grupo de Pedro Taques, dois são favoritos para a disputa da presidência da Assembleia: deputados eleitos Eduardo Botelho (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB).