Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Avó que morreu em acidente com neta estava embriagada, diz laudo

Laudo toxicológico divulgado nesta terça-feira (11) aponta que Vilma Aparecida Silva Santos, de 49 anos, estava embriagada no momento do acidente em que morreu e que matou a neta Duane Aparecida Alves, de 8 anos, na Avenida Luzitana, em Ribeirão Preto (SP), em julho deste ano. Outro motorista envolvido na colisão, o comerciante Mateus José Andrade, de 38 anos, foi preso depois que a Polícia Civil constatou que ele também havia consumido bebida alcoólica. Após pedido de habeas corpus, ele foi solto e responde em liberdade. 


Procurado pela reportagem do G1, o advogado da família de Vilma, Alexandre Assef Muller, informou que vai se pronunciar sobre o laudo nesta quarta-feira (12). Já o advogado de Andrade, Daniel Rondi, informou que o documento sustenta a defesa, de que o comerciante é inocente.

Segundo o laudo da Polícia Científica, as análises realizadas no corpo da vítima revelaram resultado positivo para a presença de álcool etílico. O exame apontou concentração de 1,2 grama de álcool por litro de sangue. “O valor caracteriza embriaguez, segundo o limite da lei, que é de 0,6 decigramas no sangue, o dobro do permitido”, afirmou o delegado Adilson Massei, responsável pelo inquérito que apurou as causas do acidente.

Investigações

O novo laudo já foi encaminhado à Vara de Execuções Criminais e para o delegado não altera a conclusão das investigações. “Para nós não muda nada, porque o laudo do outro [Mateus Andrade] indica que ele estava sob efeito de entorpecente e álcool. Existe laudo clínico, do médico legista que atestou isso”, afirma Massei. O comerciante foi indiciado por embriaguez ao volante e homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Ele foi preso em 19 de julho e libertado no dia 14 de agosto, depois da Justiça conceder habeas corpus. Segundo a defesa de Mateus Andrade, o comerciante é inocente. “A culpa não foi dele e o laudo não comprova que ele estava embriagado ou entorpecido”, diz Daniel Rondi, advogado do réu.

“O laudo preliminar não atribui uma conclusão do médico sobre embriaguez e sim, segundo o médico, uma suposta confissão do acusado, sem qualquer credibilidade, uma vez que está expressa sua vontade de esclarecer os fatos somente em juízo”, explica Rondi. De acordo com o advogado, o laudo sobre Mateus demonstra que o suspeito estava com hálito levemente etílico e com marcha e pupilas normais.

O acidente

Vilma Aparecida da Silva Santos, de 49 anos, e a neta Duane Aparecida Alves, de 8, morreram na noite de 19 de julho na Avenida Luzitana após o veículo em que estavam, um Corsa, ser atingido uma Touareg, que, segundo testemunhas, estava em alta velocidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que a Touareg dirigida por Andrade subia correndo a avenida, quando, ao passar por uma lombada, perdeu o controle da direção e bateu contra o carro ocupado por Vilma Aparecida da Silva Santos e a neta, Duane Aparecida Alves. O Corsa chegou a ser arrastado e a Touareg ainda bateu contra a parede de uma farmácia.

De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, o condutor da Touareg, que provocou o acidente, estava bêbado e confessou ter usado álcool e cocaína.

 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet