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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Após cassação, ministro lamenta que Vargas tenha 'trilhado esse caminho'

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira (11) que "lamenta" o fato de o ex-deputado petista André Vargas, cassado pela Câmara dos Deputadospor suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, tenha "trilhado esse caminho".  Segundo o auxiliar da presidente Dilma Rousseff, é "sadio" que o Congresso Nacional exclua os parlamentares que não tenham um "comportamento digno".


"A gente lamenta evidentemente que um companheiro nosso tenha trilhado esse caminho. Eu não quero fazer um julgamento da pessoa, tenho um respeito pelo André [Vargas], mas infelizmente, de fato, comprovadas as praticas inadequadas, os erros, desvios, não há outro caminho a não ser a gente punir o erro", disse o ministro a repórteres durante evento em Brasília.

"Eu lamento profundamente do posicionamento humano, mas, ao mesmo tempo, é sadio que a sociedade, que um partido, que o congresso, exclua aqueles que não tem um comportamento digno", complementou Carvalho.

Em uma sessão tumultuada que teve votação aberta, Vargas foi cassado com os votos de 359 deputados. Apenas um parlamentar votou contra a perda do mandato do ex-petista: o deputado José Airton (PT-CE). Outros seis deputados se abstiveram. Para que o mandato fosse cassado, era necessário que, ao menos, 257 parlamentares votassem a favor.

O deputado do Paraná teve a cassação recomendada em agosto pelo Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro em razão de ele ter usado um avião alugado por Youssef, acusado de comandar a organização criminosa que atuava na Petrobras. Vargas também é suspeito de ter praticado tráfico de influência em favor do doleiro ao intermediar um contrato entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde.

Apesar de ter chancelado a decisão dos deputados federais de cassar o mandato de André Vargas, que deixou o PT em abril logo após ser acusado de envolvimento com o doleiro preso pela Operação Lava Jato, Gilberto Carvalho cobrou que o Legislativo tenha a mesma postura quando denúncias envolverem parlamentares de outros partidos.

"Eu só espero que isso continue e valha para todos aqueles que efetivamente de uma forma ou de outra saia do rumo, saia da linha de uma conduta ética adequada", enfatizou.

Carvalho ressaltou ainda que episódios como os que culminaram na cassação de André Vargas são uma "novidade no Brasil". Ele atribuiu aos presidentes petistas a concessão de autonomia para que órgãos de Estado, como a Polícia Federal e o Ministério Público, apurem indiscriminadamente denúncias de corrupção.

"É essa a novidade no Brasil, um governo que não procura encobrir as suas falhas, dos seus próprios correlegionários e desvios de erros. Essa é a linha que a presidente [Dilma] botou e que o presidente Lula dizia sempre: quem não quiser ser investigado no meu governo que não erre", opinou Gilberto Carvalho.
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