O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), rebateu o governador eleito Pedro Taques (PDT) e disse que não vai aceitar a interferência de outros poderes na indicação para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas aberta com a renúncia de Humberto Bosaipo. A fala foi uma resposta à crítica feita pelo senador contra a possível indicação de Janete Riva para o Tribunal de Contas do Estado.
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“A vaga é da Assembleia Legislativa e é desta Casa de Leis que sairá o nome do novo conselheiro. Não vamos admitir interferência de outros Poderes. Pedro Taques precisa entender que a eleição terminou dia 5 de outubro”, respondeu Riva, por meio de nota encaminhada à imprensa.
“Quem quiser ocupar o cargo, tem que preencher os requisitos. O governador eleito pode ficar tranqüilo que a Assembleia Legislativa vai cumprir com o seu papel, exigindo rigor”, argumentou.
Na sessão plenária desta quinta-feira (11), houve a leitura do ofício, que comunicou o parlamento sobre a vacância da vaga de Humberto Bosaipo, que renunciou à cadeira do TCE.
Segundo Riva, a Janete Riva é uma possível indicação, mas nem houve essa discussão. “É um processo de abertura de nomes, como já está colocado o do José Domingos (PSD), ouvi falar do nome da Luciane Bezerra (PSB), é um processo inicial, ainda está aberta a possibilidade de indicação para passar pelo crivo do colegiado”, explicou.
Críticas de Taques
Durante coletiva de imprensa convocada para anunciar nome de parte do seu secretariado, Taques afirmou que a indicação de Janete para o TCE é um absurdo. “E não adianta dizerem que poderemos ser prejudicados no Tribunal de Contas, porque eu não sou filho de pai assustado. Se nos prejudicarem, nós alegamos suspeições, impedimentos, afastaremos aqueles que prejudiquem a administração do Estado de Mato Grosso. E não adianta dizerem que eu posso sofrer prejuízos políticos na Assembleia Legislativa. Eu tenho certeza que a partir do ano que vem a Assembleia Legislativa exercerá também esse momento de transformação”, sustentou.