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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Jovem que torturou menor em SP é transferida para cela em Tremembé

Foto: Foto: Reprodução/Facebook)

Elisângela gravou depoimento falando sobre as agressões (Foto: Reprodução/Facebook)

Elisângela gravou depoimento falando sobre as agressões (Foto: Reprodução/Facebook)

Apontada como principal suspeita de ter torturado uma adolescente em setembro deste ano em Praia Grande, no litoral de São Paulo, Elisângela Maciel Fernandes, de 22 anos, foi transferida para o presídio de Tremembé, no interior paulista – o mesmo onde se encontra a ex-estudante Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen. Antes de ir para a unidade prisional e dividir o pavilhão com Richthofen, ela estava detida na cadeia feminina anexa ao 2º Distrito Policial (DP) deSão Vicente, também no litoral de São Paulo.


Elisângela aguarda um parecer da Justiça sobre um pedido de habeas corpus solicitado pela defesa. A jovem declarou o desejo de passar as festas de fim de ano com a família e, principalmente, com o filho. A decisão, contrária ou favorável, deve ser conhecida nos próximos dias.

O advogado de Elisângela, Fábio Baptista, disse em entrevista ao G1 que sua cliente tem aguardado com calma o parecer da Justiça sobre a hipótese de sua libertação. “Ela está bem, está tranquila, mas tem esperanças de sair de lá e passar o fim de ano com a família. Ela não tem tido problemas no presídio”, conta.

Segundo o defensor da jovem, a principal preocupação dela é com o filho. “Por mais que se mantenha firme, é claro que ela tem saudades do filho, se preocupa com ele. Ela sente falta da criança. Ela também está com saudades da família”, afirma.

Fábio aguarda uma resposta da Justiça ao seu pedido de revogação da prisão preventiva. “Estamos esperando alguma novidade. Fizemos a petição desse alvará de soltura, mas ainda não sabemos qual é a decisão. Esperamos saber a resposta entre esta sexta (12) e segunda-feira (15)”, conclui.

Pai defende filha de acusações
O pai da jovem Elisângela Maciel Fernandes, apontada como autora de uma série de torturas contra uma adolescente de 17 anos em Praia Grande, diz que a filha fez uma "loucura por amor". Ele defende que Elisângela sofreu durante o período em que se relacionou com Diego da Silva Santos, o "Bolinho", porque a vítima das agressões perseguia o rapaz na esperança de reatar um relacionamento que ambos tiveram no passado.

Elisângela foi presa no dia 27 de outubroapós prestar depoimento na Delegacia da Mulher de Praia Grande. A delegada responsável pelo caso, Rosemar Cardoso Fernandes, manteve a suspeita detida após verificar que ela não possuía título de eleitor, o que abriu a possibilidade da prisão ocorrer mesmo durante o período eleitoral. A jovem não seria considerada eleitora, por não possuir um registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O pai de Elisângela, que prefere não se identificar, afirma que notou uma mudança no físico da filha com o passar dos meses, após ela começar a se relacionar com 'Bolinho'. “Eu mesmo quase não paro em casa. Estou sempre viajando a trabalho, mas chegou a um ponto em que eu perguntei para minha esposa o que havia acontecido com a minha filha. Ela estava magra demais, pensei até que estivesse doente. Foi quando minha mulher disse que era por conta do rapaz, que ela estava sofrendo demais por causa dele, aborrecimento com a ex-namorada dele”, conta.

Desdobramentos
Durante entrevista ao G1, Jackeline Justino de Souza, de 21 anos, que também está presa suspeita de ser cúmplice da tortura, e que já havia respondido por outro caso de agressão, negou ter participado do crime. "Eu estava no local, mas apenas gravei. Não tinha como pedir ajuda porque o apartamento estava trancado. Insisti para que a Elisângela parasse. Falei que a vítima poderia morrer", explicou.

Após a prisão de Jackeline, Elisângela, que estava desaparecida, resolveu gravar um vídeo dando a sua versão sobre a agressão. No vídeo, feito em comum acordo com o advogado da suspeita, ela afirmou estar arrependida. Segundo ela, a agressão ocorreu porque a vítima perseguia insistentemente seu namorado, tentando de todas as maneiras interferir no relacionamento. "Ela falava que ia ficar com ele e mandava mensagens. Ele sempre me mostrou e falou que ela era uma vagabunda. Tentei falar com a mãe dela para não me complicar porque ela é menor de idade. A mãe prometeu dar um jeito, mas não adiantou nada. Nenhuma mulher tem sangue de barata. Bati nela porque ela é safada. Agora está se fazendo de coitada", afirmou.

Já a jovem torturada, uma adolescente de 17 anos, afirma que foi sequestrada e espancada após Elisângela suspeitar de uma traição. Segundo ela, o crime ocorreu no dia 30 de setembro. Em entrevista do G1, ela disse nunca ter se relacionado com o rapaz enquanto ele estava com a outra. "Ela não tem que fazer isso com ninguém. Não tem preço o que ela fez. Espero que ela amargue na cadeia, que é o lugar dela", criticou a jovem que, além das queimaduras causadas pelo cigarro, sofreu uma deformação no crânio.
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