25 Dez 2014 - 23:00
g1
Diego da Silva, de 26 anos, que desde os primeiros meses de vida morava em hospitais deCampinas (SP) e Sumaré (SP), teve seu primeiro Natal em casa ao lado da família e amigos nesta quinta-feira (25). O rapaz é portador da síndrome de Werdnig-Hoffmann, que é degenerativa e dificulta os movimentos do corpo. Para se comunicar com as pessoas ele movimenta as sobrancelhas.Quando quer dizer sim, balança duas vezes. “É o Natal mais feliz das nossas vidas”, comemora a mãe dele, Marinalva Xavier da Silva.
Ele só conseguiu ir para a casa após uma decisão da Justiça, que lhe garantiu equipamentos médicos e estrutura para dar continuidade ao tratamento. A chegada dele na casa da família em Sumaré foi no dia 16 de dezembro. Antes, foram internações na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Hospital Estadual de Sumaré.
“Nós sempre passávamos o Natal juntos. Mas lá (hospital) né. Eu ia em casa, fazia a ceia e levava para lá. Esse ano é o primeiro Natal juntos”, explica a mãe.
“A gente nem imaginava que ia acontecer isso, mas aconteceu. E toda nossa família está grata por esta ceia”, disse o padrasto de Diego, Wilson dos Santos, que fez churrasco, peru e tender para o cardápio especial.
Diego Silva disse para a mãe que o maior desejo dele era deixar a vida hospitalar. “Só eu sei o que são 25 anos e parece que não é verdade. Sentimos muita falta do pessoal de lá (hospital), mas nada como estar em casa”, completa a mãe, que passava a maior parte dos dias com o filho no hospital.
Quarto adaptado e Corinthians
Para conseguir ficar em casa e manter o tratamento, o quarto de Diego da Silva foi totalmente adaptado às necessidades médicas com cama hospitalar e uma máquina para auxiliar na respiração. O jovem ainda se alimenta por meio de sonda. O paciente ainda é acompanhado por uma enfermeira. "Para mim é gratificante. Estou contemplando junto com eles", resume a técnica em enfermagem Luzimara da Silva.
Mas o que ele não abriu mão foi manter a tradição de colocar nas paredes o símbolo do Corinthians, o time de coração do paciente. Quando morava no Hospital Estadual de Sumaré, o quarto da unidade era repleto de lembranças do “Timão”. A nova estrutura tem a camisa branca e preta emoldurada na parede. E o jovem passou a noite de Natal com a camisa amarela da equipe de Parque São Jorge.