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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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"Fui reconduzida para continuar as grandes mudanças do País", diz Dilma

No primeiro discurso à nação como presidenta reeleita, Dilma Rousseff defendeu o compromisso de avançar com as transformações iniciadas no governo Lula (2002-2010) por meio de uma combinação de esforços na macroeconomia sem abrir mão de investimentos sociais. Dilma chegou acompanhada de sua filha ao Congresso Nacional, onde recebeu as honras militares e acompanhou a execução do Hino Nacional. Após ser recebida pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, disse que volta à Casa “cheia de alegria, responsabilidade e esperança”.


"Este ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de reafirmação e ampliação de compromissos. É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil. É hora de melhorar o que está bom, corrigir o que é preciso e fazer o que o povo espera de nós", declarou para convidados.

No pronunciamento iniciado às 15h40 em ponto, Dilma defendeu uma combinação de esforços na macroeconomia para fomentar o desenvolvimento do País, citando o controle da inflação, manutenção das taxas de emprego, queda nos índices de desigualdade e disciplina fiscal .

"As mudanças que o País espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Sempre orientei minhas ações pela convicção sobre o valor da estabilidade econômica, a centralidade do controle da inflação, o imperativo da disciplina fiscal e a necessidade de conquistar e merecer a confiança dos trabalhadores e dos empresários."

A cerimônia oficial teve início na Esplanada dos Ministérios, onde Dilma e o vice-presidente, Michel Temer, embarcaram em carros abertos, por volta das 15 horas, na altura da Catedral de Brasília. Dilma seguiu no Rolls-Royce presidencial acompanhada da filha, Paula Rousseff Araújo.

Escoltados por batedores e pela cavalaria do Batalhão da Guarda Presidencial, as duas autoridades seguiram até a rampa do Palácio do Congresso Nacional.

No discurso, a Presidenta destacou que o aporte de investimentos na educação, cujo deve crescer nos próximos anos com recursos do pré-sal, é a "prioridade das prioridades" do governo federal visando "abrir às portas de um futuro próspero" à população: "Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, direto e mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas de governo. Nosso lema será : Brasil, Pátria Educadora!", declarou sob aplausos dos presentes.

PAC3

Citando o PAC3 e o Programa de Investimentos em Logística 2, iniciativas com início programado para 2015, Dilma Rousseff defendeu desenvolvimento da malha urbana nacional como objetivo para alcançar um país mais competitivo: "A partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento públicos e parcerias privadas."

Dilma também defendeu o compromisso de reduzir os índices de desigualdades regionais, por meio de investimentos em políticas transversais e projetos estruturantes, lembrando nominalmente o Nordeste e a região Amazônica: "Foi decisivo mitigar o impacto desta prolongada seca no semi-árido nordestino, mas mais importante será a conclusão da nova e transformadora infraestrutura de recursos hídricos perenizando 1.000 km de rios, combinada com o importante investimento social em mais de um milhão de cisternas."

Ao citar sua disposição para "combater energicamente a corrupção", a presidenta declarou que a luta que vem sendo empreendida contra o desvio de recursos públicos e contra a impunidade "ganhará ainda mais força com o pacote de  medidas que me comprometi durante a campanha, e me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre."

Habitação e Saúde

A presidenta reafirmou a meta de contratar três milhões de novas moradias pela 3ª fase do Minha Casa Minha Vida. As habitações serão somadas às 2 milhões de casas já entregues até 2014, além de outras 1 milhão e 750 mil moradias em construção, com previsão de entrega até o fim de 2018. Na sequência, citou os esforços para fortalecer o Serviço Único de Saúde (SUS), mencionando o Mais Médicos, programa responsável por levar atendimento básico de saúde a 50 milhões de brasileiros moradores de áreas vulneráveis do País, como uma das principais marcas de seu primeiro mandato. 

"Neste segundo mandato, vou implantar o Mais Especialidades para garantir o acesso resolutivo e em tempo oportuno aos pacientes que necessitem de consulta com especialista, exames e os respectivos procedimentos", acrescentou a presidenta.

No encerramento do discurso, Dilma defendeu os compromissos firmados por seu governo dentro dos próximos quatro anos como objetivo para concluir a transformação do Brasil de uma nação em desenvolvimento para um País "desenvolvido e justo", com iguais oportunidades para toda população que nele habita:

"O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um País desenvolvido e justo, e é este destino que estamos construindo.Uma nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, viver em condições dignas  na cidade e no campo. Um País que respeita e preserva o meio ambiente e onde todas as pessoas possam ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independentemente de raça, credo, gênero ou sexualidade."

Roteiro da posse

Na sequência, Dilma e Temer voltarão para a área externa do Congresso para mais uma execução do Hino e a salva de 21 tiros. Eles irão dirigir-se à Bandeira Nacional para prestar-lhe reverência e, Dilma, como comandante-chefe das Forças Armadas, passará em revista as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Em seguida, partirá com Temer para o Palácio do Planalto.

Como não haverá transmissão da faixa presidencial, por se tratar de reeleição, Dilma poderá receber a faixa do cerimonial ou já chegar ao Parlatório com a faixa no peito, para então fazer o discurso à população.

Um coquetel para os chefes de Estado e delegações estrangeiras encerrará a cerimônia de posse, no Palácio do Itamaraty. Está confirmada a presença de 27 chefes de Estado e de 66 delegações.

Devem comparecer a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, e da diretora geral da Unesco, Irina Bokova.
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