André Luiz Azevedo e Cecília Malan, enviados pela Globo a Paris, sofreram críticas nas redes sociais pela performance titubeante na cobertura dos atentados terroristas cometidos pelos jihadistas.

Com vários correspondentes em férias, a emissora não teve muitas escolhas ao definir quem iria para o epicentro da notícia.

Azevedo e Malan não são novatos. Ele está no canal há 34 anos, atualmente baseado em Lisboa. A jornalista trabalha na Globo desde 2005. Transferiu-se para Londres faz 4 anos.

A questão é que fazer matéria gravada, com texto escrito previamente, é bem diferente de entrar ao vivo, com a missão de narrar de improviso os fatos e responder às perguntas às vezes imprevisíveis dos âncoras.
A falha — se é que podemos assim definir — de Cecilia e André foi não disfarçar o nervosismo diante do perigo iminente e da dificuldade em apurar informações confiáveis. Não é simples cobrir um evento com status de guerra.

A Globo já teve correspondentes em Paris. Sonia Bridi e Marcos Uchoa, para citar apenas dois excelentes profissionais, viveram alguns anos, em épocas distintas, produzindo conteúdo a partir da capital francesa.
Na GloboNews, a equipe escalada para cobrir a onda terrorista em Paris chama a atenção pelo domínio da situação.

Pedro Vedova, deslocado de Londres, tem feito boas entradas ao vivo. Lúcia Müzzel, da RFT (Radio France Internationale), se revelou eficiente repórter de TV.

Por Skype de Paris, Paulo Mariotti, colunista da Vogue Brasil e colaborador do programa Estúdio i, tem desempenhado papel relevante nas muitas horas ao vivo em que fica conectado com o estúdio do canal no Rio.

Aliás, os âncoras da GloboNews têm vivido uma prova de fogo. Ficam até 3 horas ininterruptas no ar, administrando informações desencontradas de sites, TVs francesas e agências de notícias.

Destaque para a performance de Luciano Cabral, Raquel Novaes, Heloísa Gomide e Sidney Rezende no comando das transmissões.