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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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À ESPERA DO VLT

Mendes suspende edital de licitação do transporte coletivo de Cuiabá por seis meses

Foto: Lucas Ninno/GCOM

Mendes suspende edital de licitação do transporte coletivo de Cuiabá por seis meses
A indefinição sobre o valor da tarifa e o formato da integração, além do prazo para conclusão – ou não – do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), levaram o prefeito Mauro Mendes (PSB) a anunciar a suspensão, por seis meses ou mais, da concorrência pública para o sistema de transporte coletivo de Cuiabá.


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“Houve um erro lá atrás [na concepção] do VLT e ainda falta mais de R$ 500 milhões para concluir. Além disso, jamais ficou claro sobre quanto custará o subsídio da tarifa. Impossível  fazer a licitação com tamanha insegurança”, argumentou Mauro Mendes, na manhã desta segunda-feira (9), no Centro de Eventos do Pantanal, durante apresentação do raio ‘X’ das obras do VLT pela equipe do governador José Pedro Taques (PDT).
 
Mauro Mendes  revelou que havia determina a criação de uma comissão para estudar uma nova licitação do sistema e a expectativa era de que fosse publicado o edital de licitação em abril ou maio.  “Quando o VLT ficará pronto? Quanto custa a tarifa? Fala-se em R$ 8,00 ou talvez R$ 10,00. E quem vai pagar? O sistema será integrado pelas prefeituras ou pelo Estado? São perguntas que necessitam de respostas”, afirmou Mendes, que falou após o governador ter deixado o recinto.
 
“Especialistas dizem que, mesmo que não faltam recursos, a obra não termina em menos de três anos. Suspendi a licitação porque não existe modelo tarifário. Afinal de contas, o VLT muda totalmente a forma de cálculo da tarifa”, pontuou o prefeito da Capital.
 
“O pior é que, se não terminar, provoca grande prejuízo para a sociedade. Fazer VLT é uma decisão do Estado. Penso que não temo de dinheiro para comprar uma Ferrari se o serviço pode ser executado por um carro popular”, avaliou ele.
 
Antes da audiência pública do VLT, Mendes estava disposto a lançar um edital de licitação para concessão do sistema em menos de 180 dias. A concorrência pública, em tese, deveria melhorar a qualidade do sistema.
 
A última concorrência para concessão do transporte aconteceu em 2004 e o prazo de vencimento era em 2012. Todavia, foi prorrogada até junho de 2019 para as empresas Pantanal Transportes, Norte Sul Transportes, Integração Transportes e União Transporte (faz a integração Cuiabá-Várzea Grande) sejam ressarcidas dos investimentos, evitando uma batalha judicial.
  
Atualmente, o sistema de transporte é muito criticado pelos usuários dos ônibus, em especial pela demora, má qualidade dos veículos, falta de ar condicionado, poucos assentos e idade da frota, entre outras reclamações. “Problemas a respeito das condições dos veículos que são colocados em circulação, sendo muitos antigos, quebrados, sucateados e sem ar condicionado são sempre citados pelos usuários do sistema”, reconheceu Mendes, argumentando que somente uma nova concorrência pública pode readequar o formato de funcionamento.
 
Na licitação seria resolvido um problema antigo: a ausência dos abrigos nos bairros ou com problemas estruturais, bem como as condições de trabalho dos próprios motoristas, que refletem no atendimento ao passageiro, também são reclamações recorrentes.  No formato atual,  são 383 ônibus em funcionamento na capital e que atendem 5,4 milhões de usuários por ano.
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