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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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‘Sou um cidadão livre’, diz Joaquim Barbosa em reação às críticas petistas

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, voltou a usar seu perfil no Twitter nesta terça-feira para defender sua opinião sobre a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e reagiu às críticas de parlamentares do PT e militantes que o condenaram pelos comentários sobre as audiências com os advogados de empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato. “Sobre as reações aos meus posts recentes sobre confusão entre Política e Justiça: meus críticos fingem não saber que hoje sou um cidadão livre”, diz uma das publicações. E continua: “‘Cidadão livre’: livre das amarras do cargo público. Cidadão na plenitude dos seus direitos, pronto para opinar sobre as questões da ‘Pólis’”.


Se vc é advogado num processo criminal e entende que a polícia cometeu excessos/deslizes, vc recorre ao juiz. Nunca a políticos!

Em outros posts, Barbosa critica a conduta dos advogados das empresas. “Se você é advogado num processo criminal e entende que a polícia cometeu excessos/deslizes, você recorre ao juiz. Nunca a políticos! Os que recorrem à política para resolver problemas na esfera judicial não buscam a Justiça. Buscam corrompê-la. É tão simples assim”.

Ontem, os partidos de oposição decidiram cobrar explicações sobre a agenda do ministro da Justiça. Para isso, irão acionar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra José Eduardo Cardozo, que manteve reuniões com advogados de empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato sem registrá-las. Líderes oposicionistas na Câmara e no Senado também se articulam para tentar aprovar a ida de Cardozo ao Congresso Nacional. Já nesta quarta-feira, eles apresentarão requerimentos de convocação do ministro em comissões temáticas. As comissões, no entanto, ainda não foram instaladas.

S/ as reações aos meus posts recentes sobre confusão entre Política e Justiça: meus críticos fingem não saber que hj sou um cidadão livres.

Ele finaliza as mensagens com um recado para os seus críticos. “Às ‘Plumes-à-gage’ furiosas com meus comentários: experimentem ser livres! Sei que isso seria extremamente penoso e 'custoso' para vocês”.

PT DEFENDE REUNIÕES

Parlamentares do PT defenderam as reuniões feitas pelo ministro Cardozo. Para o deputado Afonso Florence (BA), faz parte do trabalho do ministro receber advogados. Disse que os encontros demonstram o empenho do governo em querer o indiciamento, punição e restituição dos recursos desviados da Petrobras. Quanto a algumas reuniões não aparecerem na agenda pública do ministro, Florence afirmou que esta não é uma decisão política tomada deliberadamente para esconder reuniões.

- Não há uma tentativa de esconder. Muitas vezes isso nem passa pelo ministro, são circunstâncias técnicas - disse Florence.

Os que recorrem à política para resolver problemas na esfera judicial nao buscam a Justiça. Buscam corrompê-la. É tão simples assim.

— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 17 fevereiro 2015

O deputado Paulo Teixeira (SP) também saiu em defesa do ministro, defendendo que quem está em sua posição tem que receber a advocacia.

- É um ministro que conversa com a advocacia, diferentemente do ministro demissionário do STF que não recebia os advogados para conversar. Não é justo que depois de se demitir, queira demitir ministros - disse Teixeira, sobre as declarações de Barbosa no twitter.

Às "Plumes-à-gage" furiosas com meus comentários: experimentem ser livres! Sei que isso seria extremamente penoso e "custoso" para vcs.

— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 17 fevereiro 2015

O ex-presidente do STF defendeu a demissão de Cardozo. “Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a Presidente Dilma demita imediatamente o Ministro da Justiça. Reflita: você defende alguém num processo judicial. Ao invés de usar argumentos/métodos jurídicos perante o juiz, você vai recorrer à Política?”, disse o ex-presidente do STF", escreveu no microblog. Florence afirmou que já passou da hora de Barbosa "desencarnar" do posto de ministro do STF e seguir sua vida.
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