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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Ministro diz que crise com Indonésia será 'superada' no médio prazo

Diante da ameaça da Indonésia de suspender a compra de material bélico do Brasil por conta da crise diplomática entre os dois países, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta terça-feira (24) que está convencido de que o mal-estar será "superado" no médio prazo. A crise teve início com a execução, em janeiro, do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira pelas autoridades indonésias e se agravou com a decisão da presidente Dilma Rousseff de se negar na semana passada a receber as credenciais do novo embaixador do país asiático.


Incomodado com o fato de seu embaixador ter sido barrado pelo Palácio do Planalto, o governo indonésio considera cancelar uma encomenda feita ao Brasil para comprar sistemas de lançadores múltiplos de foguetes, informou nesta terça a imprensa local. A Indonésia também chamou de volta, no sábado (21), seu representante em Brasília e apresentou um protesto formal às autoridades brasileiras

"Não tem uma crise ainda instalada. Isso não é um rompimento, é um momento onde se discute a questão do não acolhimento [do embaixador]. Não creio que isso, no médio prazo, vai afetar essa compra [dos equipamentos militares]. Isso vai ser superado", disse Wagner durante visita ao Estaleiro e Base Naval (EBN), em Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde estão sendo construídos, em parceria com a França, cinco submarinos.

Após o incidente envolvendo seu embaixador no Brasil, o vice-presidente da Indonésia, Jusuf Kalla, disse que Jakarta poderia reconsiderar a compra de 16 aviões de combate EMB-314 Super Tucano e de lança mísseis de fabricação brasileira, segundo o jornal "The Jakarta Post".

A Indonésia também considera cancelar uma encomenda por sistemas de lançadores múltiplos de foguetes.

Submarinos
Durante a visita ao estaleiro fluminense, o ministro da Defesa enalteceu a o acordo firmado com o governo francês para construção em território brasileiro de cinco submarinos, sendo um deles com tecnologia nuclear.

"Para mim, é uma alegria estar começando a minha trajetória como Ministro da Defesa visitando um dos três projetos dentro da estratégia nacional de defesa que mais tem significado, não só para a Marinha, mas para a engenharia, para a tecnologia, para a indústria Nacional", destacou Jaques Wagner, lembrando que o índice de nacionalização do programa está na faixa dos 90%.

Segundo a Marinha, a expectativa é que o primeiro submarino convencional esteja finalizado até 2018. O programa militar, que teve início em 2012, deve entregar o último submarino, com propulsão nuclear, até 2023. A previsão é que o submarino entre em operação em 2025.

A capacitação dos engenheiros e técnicos envolvidos no projeto foi feita na França. De acordo com a assessoria da Marinha, desde o início do projeto foram investidos R$ 12,5 bilhões. A expectativa é que sejam investidos mais R$ 11 bilhões para completar o projeto.
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