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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Com novas obras, MON abriga 203 peças apreendidas pela Lava Jato

As 139 obras de arte apreendidas na 10ª fase da Operação Lava Jato foram entregues ao Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, nesta quinta-feira (19). O MON ficará responsável pelo material até que a Justiça Federal defina um destino para o acervo.


A coleção traz nomes de artistas como Alberto Guignard, Heitor dos Prazeres, Yara Tupynambá e Agostinho Batista de Freitas.

Ao todo, o MON já recebeu e está responsável por 203 obras apreendidas pela Operação Lava Jato.

Destas 139 obras, 131 foram apreendidas na casa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Preso pela segunda vez por esta operação – que investiga esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro da estatal – Duque é suspeito de participação do esquema, articulando o pagamento de propina de empresas com contato com a Petrobras.

Este dinheiro era utilizado para corromper diretores da estatal e também era direcionado para partidos políticos disfarçado de doação oficial.

Neste um ano de Operação Lava Jato, as apreensões de obras de arte têm sido frequentes. Outras 64 obras, que estavam em posse dos investigados e que foram apreendidas pela polícia, já estavam no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.Algumas, inclusive, integraram uma exposição. Existe a previsão de uma nova exposição a partir de abril.

As obras são de artistas renomados como Amílcar de Castro, Salvador Dalí, Pedro Motta, Vik Muniz, Miguel Rio Branco e Sérgio Sister, Romero Britto, Di Cavalcanti, Gerardenghi, Gomide, Heitor dos Prazeres, Iberê Camargo, Mario Gruber, entre outros.

Segundo os diretores do MON, o acervo passou por um processo de higienização. Estas novas obras devem passar pelo mesmo processo e ficarão em quarentena até que a equipe técnica tenha certeza de que elas não estão comprometidas com fungos, mofo ou cupim.

Décima fase
Duque voltou a ser presoem virtude de movimentações, realizadas durante o curso das investigações da Operação Lava Jato, de dinheiro depositado em contas no exterior.

Nesta quinta-feira, Duque saiu da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás. Ele se manteve calado diante do todos os questionamentos dos parlamentares.

"Por orientação da minha defesa técnica, na condição de investigado, estou exercendo, com todo o respeito a essa Casa, o meu direito constitucional de permanecer em silêncio”, declarou Renato Duque aos integrantes da CPI.

Lava Jato começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. A última fase foi batizada de "Que país é esse". De acordo com os policiais, o nome faz referência a uma frase dita por Renato Duque quando foi preso pela primeira vez, em novembro de 2014.

Além de Duque, também foi preso preventivamente o empresário paulista Adir Assad. De acordo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Roberson Pozzobon, Assad aparece como um novo operador do esquema de propina, atuando junto às empresas prestadoras de serviço à Petrobras.

Assad é engenheiro civil e promove shows e eventos no Brasil. Ele trouxe a banda U2, a cantora Amy Winehouse e Beyonce para o país. Ele também era dono das empresas JMS Terraplanagem Ltda., S Terraplanagem Ltda. e Rock Star Merketing.

Adir também já foi alvo em outros escândalos e foi investigado pela CPI do bicheiro Carlos Cachoeira, no Congresso Nacional, como suposto intermediário de propinas envolvendo a empreiteira Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).

Também foi preso Lucélio Góes, filho de Mário Góes, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do esquema e que está detido desde fevereiro deste ano. De acordo com Pozzobon, o pedido de prisão contra Adir Assad foi estruturado após a apreensão de notas fiscais na casa de Mário Góes.
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