Após os protestos que levaram milhares de pessoas às ruas no último fim de semana para protestar contra o governo, a presidente Dilma Rousseff teve, nesta semana, o maior número de aparições públicas com discursos e entrevistas à imprensa.

Nos dias seguintes às manifestações, Dilma e ministros escalados pelo governo para repassar à sociedade as avaliações pregaram "humildade" do governo e defenderam o diálogo com todos os setores da sociedade.

Somente nesta semana, Dilma discursou cinco vezes. Por exemplo, nesta sexta (20), ela esteve em Eldorado do Sul (RS), onde participou da cerimônia de colheira do arroz ecológico, e afirmou que o país sairá da crise em "curto prazo" se ajuste fiscal for aprovado pelo Congresso. Na segunda (16), ao sancionar o novo Código de Processo Civil, Dilma disse que "valeu a pena lutar pela democracia".

Também nesta semana, após participar de eventos, Dilma concedeu entrevistas três vezes. Nesta quinta (19), após a assinatura da medida provisória que trata das dívidas dos clubes com a União, por exemplo, ela falou à imprensa no Palácio do Planalto e disse que "não tem reforma ministerial".

Neste ano, ao todo, Dilma fez 20 discursos. Entre eles, o de posse, em 1º de janeiro; o de lançamento do programa Bem Mais Simples Basil, em 26 de fevereiro; e o de inauguração da primeira etapa das obras do Porto do Futuro (RJ), em 12 de março.

Embora não tenha falado com a imprensa em janeiro, a presidente acumulou desde fevereiro e até esta sexta-feira (20) 12 entrevistas coletivas. Entre elas, a que classificou de "ruptura da democracia" a defesa do "terceiro turno da eleição", após evento no Palácio do Planalto; e a que anunciou a inclusão de três ministros no conselho político do governo, após evento no Acre, em 11 de março;