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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Inquérito policial confirma que pai jogou o carro em que estava com os quatro filhos contra um caminhão na BR-070

Marcos Aurélio de Oliveira Santos, o motorista do carro que dirigia com os quatro filhos a bordo e que colidiu contra um caminhão na BR 070, agiu com a intenção de matá-los e de provocar a própria morte, concluiu o inquérito comandado pelo delegado Adriano Melo, de Cocalzinho (GO). A conclusão das investigações será enviada nesta quinta-feira (23) para o Fórum de Goiânia. A Justiça deverá arquivar o caso, acredita o delegado.


O choque entre o automóvel e o caminhão aconteceu na manhã do sábado, 24 de janeiro passado, na altura do Km 22 da rodovia que liga o interior de Goiás ao Distrito Federal. De acordo com o inquérito, a inexistência de marcas de freio no local da colisão e a afirmação de uma testemunha que diz ter visto o condutor tirando as mãos do volante momentos antes da batida, ajudaram a sustentar a versão, afinal comprovada, de que Marcos Aurélio provocou o acidente ao não procurar uma rota de desvio e de ter impedido qualquer chance do motorista do caminhão de evitar a colisão após uma ultrapassagem arriscada.

O carro trafegava com velocidade aproximada de 110 km/h e o caminhão com velocidade abaixo dos 80 km/h.

O pai das crianças mortas na colisão tinha problemas de relacionamento com a mãe delas, com quem viveu durante sete anos. Ele estava impedido judicialmente de se aproximar dela depois de dois processos movidos contra ele por violência doméstica. Os processos foram registrados nos Juizados Criminais de Violência Doméstica contra a Mulher de Brazlândia (DF) e Taguatinga (DF).

A conclusão do inquérito da morte de pai e filhos está sendo remetida ao Fórum de Goiânia sem, entretanto, um laudo pericial que apontaria a autenticidade da letra do suicida registrada numa carta. Na mensagem,  que ele supostamente teria deixado antes da tragédia para a mãe dos filhos, o autor a acusa de ser egoísta e de não cuidar bem dos filhos.

De acordo com o delegado Adriano Melo, o laudo ainda não ficou pronto. A confirmação da autoria da carta auxiliaria as investigações no sentido de reforçar ainda mais a ação deliberada e premeditada do pai. Para o delegado, no entanto, mesmo sem essa comprovação, o inquérito não deixa dúvidas sobre o suicídio com o simultâneo quádruplo homicídio ocorrido naquele dia.  
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