O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e mais seis pessoas foram condenados por desvio nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. E vão ter que devolver R$ 18 milhões.

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi condenado a 7 anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como fez acordo de delação premiada, ele vai ficar em prisão domiciliar até outubro e depois vai para o regime semiaberto por mais um ano. Por fim, passará para o regime aberto.

O doleiro Alberto Youssef foi condenado a 9 anos e 2 meses pelos mesmos crimes.

Youssef, que está preso desde março do ano passado, terá que cumprir mais dois anos em regime fechado e depois vai para o regime aberto.

A Justiça concluiu que houve superfaturamento e desvio de recursos nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Os condenados neste processo terão que devolver R$ 18 milhões a Petrobras. As penas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foram reduzidas, pois eles fecharam acordo de delação premiada e a Justiça considerou que as informações apresentadas foram importantes para as investigações.

Em nota, o Ministério Público Federal disse que vai recorrer da decisão para a aumentar a pena dos réus.

Na noite desta quarta-feira (22), o Ministério Público Federal pediu mais uma vez a prisão por tempo indeterminado de Marice Correa de Lima, cunhada de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

No documento, os procuradores informam que as imagens de uma mulher realizando depósitos na conta da esposa de Vaccari vão passar por perícia da Polícia Federal. Eles esperam que a prova técnica esclareça se a mulher do vídeo é realmente Marice.

Na quarta (22), a defesa apresentou à justiça uma declaração de Giselda Rousie de Lima, mulher de Vaccari. Giselda afirma que ela é a pessoa que aparece nas imagens. E não a irmã.

Os procuradores lembram que há outros elementos, além do vídeo, que justificam o pedido de prisão por tempo indeterminado de Marice Correa de Lima, como por exemplo, a compra de um apartamento em São Paulo com recursos sem origem comprovada.

Pela delação premiada, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef não podem recorrer dessa decisão. Os outros seis condenados podem recorrer em liberdade.