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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Decorador escreve a colega e diz que não roubou noivas: 'Estou falido'

Decorador escreve a colega e diz que não roubou noivas: 'Estou falido'
Indiciado por estelionato depois de dar o calote em noivas e formandos do Distrito Federal, o decorador Crisanto Galvão Neto trocou mensagens negando ter roubado e se dizendo falido. O homem embarcou para a França na última quarta-feira à noite, segundo a polícia. Ele mandou uma carta para os clientes dizendo estar em depressão e alegando que precisou cancelar contratos desde o início do ano. Mas, antes de viajar, de acordo com o barbeiro Diomar Rodrigues, ele fez questão de cuidar do visual.


“Fez cabelo e barba, disse que estava cansado e que ia embora do país. Queria mais sossego, vamos dizer”, afirmou o homem.

A prisão preventiva dele foi pedida nesta terça. De acordo com a delegada Cláudia Alcântara, o número de vítimas não para de crescer. Além de noivos, duas turmas de faculdade com cerimônias marcadas para o meio do ano também foram prejudicadas. O prejuízo é estimado em R$ 1,4 milhão.

Para a delegada, o empresário "empreendeu fuga". "Ontem [na segunda] nós procuramos o Netto em todos os locais que ele poderia residir e em todos ele não estava. Ele mudou desses lugares e ninguém sabe o atual endereço dele no Brasil. Ele mudou dos endereços e não deixou nada. Está claro que ele está fugindo da ação policial."

A empresa do decorador funcionava em uma loja na quadra 303 do Sudoeste. Na sexta-feira (8), a porta estava trancada e não havia nenhuma identificação. A informação dos vizinhos da empresa é que os funcionários foram dispensados na última quinta-feira e ninguém voltou ao local depois disso.

'Calote'
De acordo com as vítimas, o empresário enviou uma carta às noivas dizendo que devolveria o dinheiro recebido, mas sumiu e não restituiu os valores. A delegada afirmou que Galvão Netto era policial militar, estava afastado e voltou ao serviço em abril deste ano. Desde então está de licença médica. Ela não soube dizer o motivo do afastamento. Segundo a PM, Galvão pediu afastamento sem remuneração há três anos para cuidar de "assuntos pessoais".

Cláudia contou que ele enviou uma carta às noivas na tarde da última sexta (8) “pedindo desculpas” e dizendo que, por conta da situação financeira do país, teve de cancelar os contratos. O decorador afirmou ainda na carta que estava em depressão.

A administradora Cristina Leal, uma das vítimas, disse que tinha uma reunião com o empresário no dia em que ele foi para Paris. “Eu liguei para ele para falar sobre o contrato, e ainda brinquei se podia dormir tranquila. Ele respondeu que sim e que a decoração [da festa] seria um sucesso.”
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