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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Mulher de executivo é presa suspeita de mandar matar o marido na Berrini

A Polícia Civil prendeu a mulher do executivo Luiz Eduardo de Almeida Barreto e o suposto amante dela nesta quarta-feira (3). Os dois são suspeitos de mandar matar o diretor comercial de 49 anos, que foi assassinado a tiros na segunda-feira (1º), em uma travessa da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo.


Para a polícia, a mulher da vítima Eliana Freitas Barreto e o suposto amante dela Marcos Fábio Zeitunsian, ambos de 46 anos, contrataram Eliezer Aragão da Silva, de 46, para matar Barreto. Segundo a polícia, Zeitusian teria pago R$ 3 mil para Eliezer matar o executivo e teria pedido para Eliana um empréstimo para R$ 7 mil.

A Justiça decretou prisão temporária de Eliana e Zeitunsian por 30 dias. A mulher, o marido e o assassino vão responder por homicídio. De acordo com as investigações, o marido teria ainda um seguro de vida de R$ 500 mil que ela usaria o dinheiro para montar uma loja para o amante em Guaratinguetá.

A mulher foi presa na manhã desta quarta ao ir até a delegacia para prestar depoimento. Ela estava acompanhada do pai e do cunhado e teria confessado o crime. O homem foi preso no apartamento dele em Santana, Zona Norte de São Paulo, também pela manhã. O casal tinha dois filhos.

Imagens de câmera de segurança na região flagrou o amante conversando com o executor perto do local do crime e apontando quem era o empresário. A polícia viu no Facebook do amante que ele era amigo da esposa da vítima. Isso chamou a atenção dos policiais que então começaram a investigar.

No celular do amante a polícia encontrou fotos íntimas dele com a esposa da vítima.

Segundo a polícia, a mulher e o amante se conheceram em um semáforo em São Paulo há 13 anos e depois se separaram. Há dois anos, eles se reencontraram pelo Facebook e retomaram o relacionamento. Ela ficava em Aparecida durante a semana e o marido ficava em São Paulo para trabalhar.

Ainda de acordo com as investigações, eles planejaram o crime há cerca de um ano em comum acordo. Zeitusian trabalhava na segurança de um shopping em Santo Amaro.

Ele teria feito contato com o parceiro de cela de Eliezer Araújo. O executor já sabia que quando ele saísse da cadeira iria executar o empresário. Segundo a polícia teria sido prometido R$ 3 mil a Eliezer para cometer o crime. Eliezer saiu da cadeia no dia 7 de maio.

Ainda de acordo com o delegado seccional Jorge Carrasco, o amante teria convencido o assassino dizendo que a vítima teria estuprado uma filha de um amigo dele.

O crime

Na segunda, por volta das 14h30, a vítima voltava do almoço com um colega de trabalho quando ambos foram abordados na Rua James Watt. O criminoso pegou celulares e carteiras dos dois para simular um roubo. Depois, mandou o colega do executivo ir embora e disparou três vezes nele, que morreu no local, aparentemente sem ter esboçado qualquer reação.

Acionada por testemunhas, a Polícia Militar (PM) prendeu Silva perto da estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Eles estava com um revólver calibre 38 com numeração raspada e os pertences dos dois homens.

Detido, ele confessou o crime e apontou os mandantes, segundo Anderson Pires Gianpaoli, delegado titular do 96º Distrito Policial, no Brooklin. Desde então, os mentores da execução passaram a ser procurados até serem localizados e presos nesta quarta-feira.

Em liberdade condicional havia menos de um mês após cumprir parte da pena por latrocínio (roubo seguido de morte), Silva estava preso na Penitenciária de Valparaíso, cidade a 564 km da capital paulista. Atualmente, ele morava em São Miguel Paulista, bairro da Zona Leste da cidade.

Números
De acordo com dados estatísticos da Secretaria da Segurança Pública (SSP), neste ano foram registrados, até abril, dois homicídios dolosos (quando há intenção) no Brooklin. Ainda segundo os números da pasta, nenhum latrocínio foi registrado no mesmo período. No ano passado inteiro ocorreram quatro homicídios dolosos e um latrocínio no Brooklin.
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