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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Sogro de Pizzolato critica governo e PT por ‘esforço’ pela extradição

João Francisco Haas, sogro do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado por participação no escândalo do mensalão, criticou nesta quinta-feira o PT e o governo Dilma por estarem fazendo um esforço exagerado para obter a extradição do mensaleiro da Itália para o Brasil. O sogro fez a queixa poucas horas depois de o Tribunal Administrativo Regional do Lazio, na Itália, negar o recurso da defesa de Pizzolato e manter a decisão de extraditá-lo para o Brasil.


Haas, que é pai de Andrea, mulher de Pizzolato, se mostrou indignado com a extradição cada vez mais próxima.

- O que a gente estranha é esse esforço do PT e do governo da Dilma em extraditá-lo. Querem salvar o governo com essa extradição. Sei lá o que está havendo. Acho lastimável. Lastimo muito que o governo do PT esteja fazendo todo esse esforço. Não quero falar mais nada - disse Haas ao GLOBO.

A defesa de Pizzolato já anunciou que vai recorrer da decisão desta quinta-feira do TAR ao Conselho de Estado italiano. A deputada ítalo-brasileira no parlamento italiano, Renata Bueno, estimou nesta quinta-feira que a decisão final sobre a extradição ainda levará meses. Ela afirmou que é provável que Pizzolato recorra ainda à Corte de Direitos Humanos da União Europeia, além das instâncias da Itália.Se a extradição for confirmada, Pizzolato - condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato - pode ser extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena no Presídio da Papuda, em Brasília.O sogro de Pizzolato, que mora em Porto Alegre, tinha expectativa que a situação do ex-diretor do Banco do Brasil mudasse nesta quinta-feira. Em entrevista no mês passado, Haas afirmou que a família tem receio do que possa ocorrer com Pizzolato numa penitenciária brasileira, mas não revelou que temores são esses. Haas lançou recentemente o livro "O verdadeiro processo do mensalão", em que sustenta que Pizzolato é inocente.

Em nota conjunta divulgada nesta quinta-feira, os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, a Advocacia Geral da União e o Ministério Público Federal do Brasil demonstraram confiança na possibilidade de trazer em breve o condenado para uma penitenciária brasileira.

"A decisão de hoje (quinta-feira) volta a atribuir eficácia plena à decisão do Ministério da Justiça da Itália que concedeu a extradição. Com isso, o Brasil poderá extraditar Henrique Pizzolato assim que o Ministério da Justiça italiano fixar nova data inicial para a operação, o que se espera ocorrer muito em breve", diz a nota.
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