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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Cunha diz que é 'um sinal horrível' governo apenas reduzir meta fiscal

No dia em que o governo federal deve anunciar redução da meta de superávit primário e cortes no orçamento de 2015, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que só reduzir a meta fiscal é um "sinal horrível" ao mercado. Na avaliação do peemedebista, que anunciou na semana passada seu rompimento oficial com a gestão petista, a alteração na economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pode gerar consequências negativas no mercado.


Segundo a colunista Cristiana Lôbo, o Executivo decidiu, diante da crescente queda de arrecadação deste ano, diminuir a meta de superávit de 1,2% do PIB (equivalente a R$ 66,7 bilhões) para, no máximo, 0,2%, índice que deve somar algo em torno  de R$ 10 bilhões. Além disso, informou a colunista do G1, deverá ser anunciado um novo corte no Orçamento, entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.

"O ajuste acaba correndo atrás do mesmo ponto, você corta mais, aumenta receita, aumenta impostos e ao mesmo tempo a arrecadação e você precisa de mais ajuste. Esse é o problema que a gente está vivendo, é um problema que precisa ser resolvido. Só a redução da meta fiscal é um sinal horrível. Agora, se isso for um contexto de situações que você mostre que você está no caminho certo, o mercado deve entender", disse Cunhadurante o enterro do ex-prefeito do Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde.

Nesta terça, durante a inauguração de uma unidade de produção de etanol 2G no interior de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo "persegue" o reequilibrio das contas públicas, algo considerado por ela "essencial" para que o país recupere a economia (assista ao vídeo ao lado). Ela, no entanto, não comentou a possibilidade de reduzir a meta fiscal.

De acordo com o Blog da Cristiana Lôbo, ao longo desta terça-feira (21), Dilma comandou diversas reuniões com sua equipe econômica e, ao final do dia, ela decidiu por uma redução mais drástica na meta de superávit.

Além do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participaram das reuniões os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante(Casa Civil).

Conforme a colunista do G1, Levy defendeu uma redução menor na meta de superávit, mas que assegurasse a continuidade do ajuste. Porém, nos debates internos, o governo preferiu estabelecer uma meta realista.
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