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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Cerca de 100 bateristas tocam juntos em SP, entre eles menino de 3 anos

Foto: Carolina Dantas / G1

Bateristas se reuniram no Parque Ibirapuera neste domingo (9)

Bateristas se reuniram no Parque Ibirapuera neste domingo (9)

O Parque Ibirapuera trocou o barulho dos pássaros pelo "groove" de mais de cem bateristas neste domingo (9) em São Paulo. O evento, organizado pelo projeto "Bateras 100% Brasil", começou por volta das 12h de um dia de céu claro. Com as baquetas sincronizadas, os músicos, entre eles um menino de 3 anos, apresentaram um setlist de 11 músicas que iam de Bruno Mars à Megadeth, de Jota Quest à Daft Punk.

Na passagem de som, os músicos tocaram uma composição própria do projeto (iniciado em 2000) chamada de “Groove Tribal”. Em sequência, foram direto para o Rock n’Roll, com “We Will Rock You”, da banda Queen. Eles apresentaram também “Satisfaction”, dos Stones, You Shook  Me All Night Long, do AC/DC. Os celulares dos milhares de espectadores gravaram tudo.


 

No início do projeto, há 15 anos, eram 64 bateristas. Hoje, foram 460 inscritos para tocar, mas nem todos compareceram. Cinco músicos experientes ficam sobre o palco fazendo o papel de “maestros” dos centenas de bateras. Um deles é o Leandro No, de 39 anos, das bandas Dano e Freak Fur. “O mais legal é ver a mistura do pessoal. Este é o 10º projeto que eu participo e sempre tem gente de todo o tipo”, contou.

Pedro, de apenas 3 anos, começou a tocar bateria quando tinha apenas 1. Ao lado da mãe, a pianista Leane Fonseca, ele descobriu a Mucopolissacaridose (MPS). A doença deveria afetar a coordenação motora, mas a mãe garante que Pedro está usando o instrumento a seu favor. “Ele faz os ritmos do jeito dele, mas agora ele começou já com algumas músicas mais concretas. Ele nunca fez aula, é coisa dele mesmo. E a gente acha legal estimular, porque ele tem uma doença chamada MPS, que é degenerativa, que a criança vai atrofiando os nervos e os músculos, e vai perdendo os movimentos”.
 

Já o pai Fábio Ricardo Lucila, de 40 anos, trouxe o filho João Vitor, de 8 anos, para curtir o som. Fábio é guitarrista e tentou ensinar o instrumento para o filho, mas a preferência é outra. “Ele até se interessou por aprender guitarra, mas o negócio dele é bateria mesmo”.

Raridade foi assisti ao cantor da banda no fundo do palco. Murilo Lima, de 46 anos, foi quem assumiu o microfone das músicas e disse não se importar por estar atrás. “Os protagonistas hoje são os bateristas. Esse evento que o Dino promove é uma coisa incrível. Pra nós, fazer parte disso é uma honra, um prazer ficar atrás. Eu poderia ficar embaixo do palco que estaria lindo”.  E completou: “Na verdade, a bateria é aquele coração da banda, é o que pulsa. Quanto mais, melhor”.

Dino Verdade, 47 anos, é um dos organizadores do evento e disse que é um trabalho imenso contatar todos os músicos. “Demora um bom tempo para organizar, chamar todos os bateristas, ensaiar a banda, mas eu vou te falar que é um trabalho muito recompensador, ver os pais cantando com os filhos, as criancinhas, as pessoas mais velhas”.

O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal da cultura, Nabil Bonduki, também compareceram ao evento. Discretos, curtiram o som entre a multidão. “Foi uma primeira edição de uma ideia que provavelmente vai se transformar em uma bienal de percussão. A música em São Paulo está acontecendo com muita força.”, disse o prefeito. Sobre começar a tocar bateria, o prefeito disse “eu vou continuar no violão, que eu já tenho grande dificuldade”.

Em dezembro, o Bateras 100% Brasil deverá se apresentar em Guarulhos. Confira a agenda aquihttp://www.baterasbrasil.com.br/


 

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