O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, homologou o acordo de delação premiada de Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura. O lobista é acusado de ser um representante do ex-ministro José Dirceu na Petrobras.

O despacho foi publicado na manhã desta terça-feira (22) e o acordo foi homologado no domingo (20). Moura está preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Moura foi preso em meio à 17ª fase da Operação Lava Jato – mesma etapa que deteve José Dirceu. O lobista já responde pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Dirceu também está preso na carceragem da PF.

Os procuradores do MPF afirmam que o nome de Renato Duque na diretoria de Serviços, ex-diretor de Serviços da estatal, teria sido sugerido por Fernando Moura. Duque está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde março deste ano.

Em acordo de delação premiada, o lobista Milton Pascowitch afirmou que, que Fernando Moura ficava com parte da propina paga pelas empresas contratadas pela Petrobras.

No dia 2 de setembro, Moura  foi convocado para a CPI da Petrobras, realizada em Curitiba, mas ficou em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares. Ainda durante a CPI, ele afirmou que não se considera um lobista.

A lista do MPF, atualizada no dia 3 de agosto, conta com 28 delatores. Destes, 22 nomes foram divulgados.