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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Venina diz não se arrepender de denúncias feitas contra Petrobras

Em depoimento à CPI da Petrobras, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca disse nesta terça-feira (22) que não se arrepende de ter denunciado irregularidades na estatal, apesar de ter se afastado do dia a dia da empresa e das ameaças de morte que relata ter sofrido.


Antiga subordinada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, investigado pela Operação Lava Jato, Venina alega que foi transferida para a Ásia após alertar a diretoria da Petrobras sobre irregularidades e, posteriormente, foi afastada de qualquer função. Ela entrou com uma ação por danos morais contra a estatal por conta disso.

As denúncias da ex-gerente vieram à tona pela primeira vez no fim do ano passado, em uma reportagem do jornal "Valor Econômico". Logo depois, em entrevista ao “Fantástico”, ela contou que alertou a ex-presidente da estatal Graça Foster pessoalmente sobre as irregularidades.

“Eu não me arrependo [de ter feito as denúncias]. Eu faria de novo, mas talvez de uma forma mais inteligente, talvez procurando o Ministério Público direto e não seguindo tanto a hierarquia da empresa”, disse Venina.

Aos deputados, ela confirmou que alertou a diretoria da estatal sobre a escalada de preços na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e sobre o pagamento de vários serviços não realizados na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento.

“Conversei com ela [Graça Foster] três vezes. Teve algumas irregularidades na área de comunicação [do Abastecimento], conversei com ela na época e depois mostrei um resumo sobre tudo o que tinha acontecido”, relatou.

Ouvida pela CPI na condição de testemunha, ela também confirmou que, ao relatar os problemas ao seu superior, Paulo Roberto Costa, ele teria apontado para uma foto na parede do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para a direção da sala do ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli e questionado se ela “queria derrubar todo mundo”.

Para ela, Gabrielli tinha conhecimento sobre as irregularidades dentro da estatal, mas não disse que sobre Lula não poderia dizer o mesmo. “O Lula, eu não posso afirmar, é muito indireto”, disse. Embora concursada, atualmente ela não ocupa nenhum cargo na empresa e, segundo contou aos deputados, entrou em férias oficialmente a partir desta terça.
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