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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Réu na Lava Jato, João Antônio Bernardi faz delação e é solto

A Justiça Federal do Paraná homologou o acordo de delação premiada do ex-diretor da Saipem João Antônio Bernardi Filho, réu na Lava Jato, na manhã desta segunda-feira (26). Ele estava preso desde junho e foi solto após a homologação, sem tornozeleira eletrônica. Agora, ele segue para casa, no Rio de Janeiro.


"O João Antônio Bernardi Filho fez um acordo e está indo para casa", afirmou o advogado que o representa, Marlus Arns, para a repórter daRPC Dulcineia Novaes.

Bernardi foi preso durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, cujo alvo foram as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Ele estava detido carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

O novo delator responde na Justiça por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o advogado, com o acordo, ele pagará uma multa de R$ 1 milhão e deverá devolver bens, incluindo imóveis e obras de arte, no valor de R$ 40 milhões, segundo o advogado.

No termo de colaboração juntado na ação penal a que Bernardi responde, porém, a multa cível prevista é de R$ 3 milhões - sendo que 80% devem retornar para a Petrobras, e 20% deve ser destinado aos órgãos responsáveis pelas investigações.

O acordo de colaboração prevê que as condenações de Bernardi nos crimes confessados não pode ultrapassar 12 anos de reclusão. Deste total, porém, ele só deve cumprir quatro meses em regime fechado, oito em regime semiaberto - com prisão domiciliar -, e cinco anos em regime aberto. Após esse período, ele ficará em liberdade condicional até o fim da pena.

João Bernardi e a Lava Jato
Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque aceitou receber propina para assegurar a contratação da empresa Saipem pela Petrobras para obra de instalação do gasoduto submarino. João Antônio Bernardi era funcionário da Saipem.

Além do pagamento de propina, o MPF afirmou que Bernardi pagava vantagem indevida por meio de obras de artes. O procuradores afirmam que cinco, das diversas obras apreendidas na casa de Duque, tiveram nota fiscal emitida em nome de Bernardi.

Os pagamentos também ocorriam por meio de depósitos no exterior com a utilização da off-shore Hayley do Brasil.

Delatores
Até agora, o Ministério Público Federal divulga uma lista com 28 delatores. Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação do órgão informou que deve atualizar a lista nesta semana.
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