Al Ries, um dos papas do marketing, defende que é mais importante ser o primeiro do que ser o melhor. "Ou alguém lembra do segundo homem que pisou na Lua?", provoca.

Ries, porém, talvez não aprovasse a ligeireza de Chevrolet e Fiat, que há um ano já oferecem câmbios automatizados --são como automáticos com trancos e usam a base dos câmbios manuais para reduzir custos.

O sistema da Volkswagen só estreia agora e é ainda exclusividade da linha Polo 1.6 (parte de R$ 42.580), mas tem uma vantagem: suaviza os "saltos" das mudanças robotizadas de marcha. Na Meriva ou no Linea, por exemplo, a operação faz do ocupante um joão-bobo.

A VW diz ter gastado dois anos para descobrir como minimizar esse efeito. Uma das soluções foi reduzir a relação entre as primeiras marchas.

Na prática, o automatizado do Polo se comporta melhor do que um automático convencional ruim. Não só pelo fato de custar a metade (R$ 2.450), mas porque é obediente quando operado manualmente.

Opções de câmbio automático

Opcionais também são as borboletas atrás do volante --o mesmo do Passat CC, que só pela beleza já vale R$ 470.

A VW foca em um mercado que não para de crescer. Hoje, 7% dos carros nacionais têm algum sistema de câmbio automático; em 2000, eram só 2%.

Para Fabrício Biondo, gerente de planejamento da VW, cada vez mais o cliente busca conforto. Talvez isso tenha apressado a marca a lançar, em março, o Polo E-Flex, o primeiro flexível sem tanquinho de gasolina. Mas pergunte a Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, se ele aprovaria o I-Motion.