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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Dilma quer que nova CPMF seja aprovada até julho

A presidente Dilma Rousseff comunicou a sua equipe econômica que pretende agir pessoalmente para conseguir aprovar a nova CPMF até julho no Congresso e que, até lá, propostas como o aumento da Cide (tributo cobrado sobre a venda de combustíveis) não têm seu aval como alternativa para salvar as contas públicas.


A Folha de S. Paulo apurou que a Dilma tem se reunido para tratar especificamente sobre o tema e recebeu relatos, inclusive do vice-presidente Michel Temer, sobre a melhora do cenário para recriar o imposto.

Segundo a reportagem, Temer teria dito a Dilma que tem sido procurado por empresários e banqueiros, como o presidente do Itaú, Roberto Setubal, e do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que defendem a volta do tributo como uma "saída viável" à crise econômica do país.

Mesmo sendo contra o imposto, o vice também comunicou a Dilma que, caso haja consenso de que não há outra saída para o buraco fiscal, não será ele quem vai impedir as articulações pela volta da CPMF.

A publicação recorda que no início de setembro, Temer pensou em defender o aumento da Cide como uma das saídas para a crise econômica, mas acabou recuando após sofrer pressão de diversos setores de seu partido, o PMDB. A proposta de Temer, feita a partir de sugestão do ex-ministro Delfim Netto, poderia gerar uma receita adicional de R$ 14 bilhões, sendo R$ 11 bilhões para a União e R$ 3 bilhões para Estados e municípios.

Dilma promete intensificar reuniões com deputados, senadores, prefeitos e governadores até o fial do ano e irá argumentar que o mercado acenou sobre o retorno do imposto como "a única saída".

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) responsável pela articulação política do Planalto, ) também informou à chefe ter recebido relatos de setores produtivos que já veem o tributo com menos resistência.

No entanto, desde setembro, quando o governo propôs a recriação da CPMF como uma das medidas para cobrir o rombo fiscal, a maior parte dos parlamentares recusa a sua aprovação, para não ficar com o ônus da criação de um novo tributo no país.

Como refere a Folha, embora a presidente esteja otimista, Temer alertou a Dilma que ainda não há consenso político para aprovar a CPMF no Congresso.
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