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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Economia

Bernardo: após PIB, Lula pediu esforço redobrado

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avaliou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2008 "foi ruim e é uma pena" porque foi um breque súbito na economia. Ele lembrou que a atividade econômica estava crescendo à taxa de 6,8% no terceiro trimestre. O ministro, no entanto, acredita que o resultado no ano ainda foi bom. "Tivemos um crescimento acima de 5% como o governo previa e ainda tivemos uma boa taxa de expansão dos investimentos em 13,8%", disse o ministro à Agência Estado. O PIB brasileiro cresceu 5,1% em todo o ano passado, mas caiu 3,6% no quarto trimestre em relação ao terceiro trimestre, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE.


Sobre a forte queda de 9,8% dos investimentos no quarto trimestre, ante o terceiro trimestre, o ministro afirmou que o declínio foi grande porque a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) estava crescendo a taxas muito fortes, acima de 20%. "Caiu muito porque estava crescendo muito." A FBCF é constituída principalmente por investimentos em produção (máquinas e equipamentos) e pela construção civil.

Bernardo contou que entregou os dados do PIB no quarto trimestre hoje, logo cedo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que ele perguntou o que aconteceu com a construção civil no último trimestre de 2008. O ministro contou que Lula achava que o setor estava crescendo a taxas maiores.

Bernardo afirmou que o dado do PIB no primeiro trimestre de 2009 ainda será ruim, mas a desaceleração deve ser menor do que o verificado no quarto trimestre de 2008.

Segundo ele, Lula pediu para que se redobre o esforço para que as medidas adotadas pelo governo tenham resultado mais acelerado e pediu mais agilidade nas decisões. O ministro acredita que o resultado do PIB do quarto trimestre é um dos fatores que vai acelerar o anúncio do pacote habitacional, que deve ocorrer na próxima semana. De acordo com o ministro, as medidas estão prontas e o anúncio deve ocorrer depois do retorno do presidente Lula de sua viagem aos EUA.

Ajustes
O ministro afirmou que o governo continua apostando nas medidas adotadas para aquecer a economia. Segundo ele, está sendo feita uma revisão das receitas em 2009 que já apresentaram queda nos dois primeiros meses do ano. "Vamos tirar tudo o que não estiver expressamente determinado pelo presidente como prioridade e vamos fazer os ajustes que tiveram que ser feitos", afirmou.

Paulo Bernardo avaliou que ainda há um problema localizado na questão do crédito, principalmente para as pequenas e médias empresas, mas que medidas como o pacote habitacional e a redução do IPI para automóveis novos devem dar um impulso na economia. "A redução do IPI deu uma puxada boa no primeiro trimestre", disse.

Ele informou ainda que o presidente Lula tem cobrado uma desoneração mais ampla dos investimentos. O Ministério da Fazenda, segundo ele, tem feito um diagnóstico. "Sempre temos um embate porque, quando se desonera, se perde receita. Mas a avaliação que estamos fazendo é que é melhor perder receita agora e ganhar depois no crescimento econômico ou perder porque a economia está deprimida", afirmou.

O ministro disse que havia uma reclamação de que o governo estava aumentando a arrecadação. Mas isso estava ocorrendo, segundo ele, sem aumento de impostos, apenas como resultado do crescimento econômico. Agora, pelas projeções do governo, deve haver uma queda de carga tributária em 2009. O ministro afirmou que o governo tem discutido várias alternativas para fazer frente às necessidades de custeio e investimento e que a utilização do fundo soberano do Brasil é uma das alternativas.
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