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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Desemprego e inflação afetaram consumo das famílias, diz IBGE

O avanço do desemprego, a queda na renda, a alta de juros e a disparada da inflação determinaram o desempenho negativo do consumo das famílias em 2015. A retração foi de 4,0% ante 2014, a maior da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1996.


"Essa queda se deve a diversos fatores. Houve deterioração dos indicadores de emprego e renda, e houve crescimento do saldo nominal de crédito, mas em termos reais na verdade houve uma queda", disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

No ano passado, o saldo de operações de crédito para pessoas físicas cresceu 4,4%. Mas, como a inflação cresceu 9,0% na média de 2015 contra a média de 2014, segundo o IBGE, o saldo real dessas operações acabou encolhendo. Além disso, a taxa de juros básica, a Selic, passou de 10,9% na média de 2014 para 13,3% no ano passado. "Tudo isso afetou o consumo das famílias", disse Rebeca.

Investimento - Já a retração de 14,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), como os investimentos são medidos no PIB, é explicada pela diminuição na demanda por todos os seus componentes, desde máquinas e equipamentos até itens da construção, explicou Rebeca Palis. Com isso, a FBCF teve a maior queda da série, iniciada em 1996.

Embora generalizada, a queda acabou sendo puxada pelo setor de máquinas e equipamentos, que encolheu de forma bastante intensa. A retração foi de 26,5%, o que levou essa atividade a perder peso nos investimentos, para 30,5%. "Houve retração tanto na importação quanto na produção interna de bens de capital", explicou a coordenadora.

A construção também deu contribuição positiva à FBCF, com queda de 8,5% no ano passado. Esse é o segmento que detém o maior peso nos investimentos, com 55,5%. Por fim, os outros itens ligados a investimentos registraram recuo de 2,5% na queda do volume produzido em 2015.

A economia brasileira terminou 2015 com uma retração de 3,8% em relação ao ano anterior, o maior desde 1990, quando a economia brasileira amargou baixa de 4,35%. Apenas no quatro trimestre, a retração sobre o mesmo período de 2014 foi de 5,9% e, sobre o período anterior, a baixa foi de 1,4%.
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