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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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“Lula não está fugindo e vai ajudar na recuperação econômica do país”, diz Ságuas

Foto: Agência Câmara

“Lula não está fugindo e vai ajudar na recuperação econômica do país”, diz Ságuas
O deputado federal Ságuas Moraes (PT) defendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil, anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta quarta-feira (16). Ele negou que a entrada de Lula no primeiro escalão seja uma manobra para dar a ele foro privilegiado, já que agora será processado no Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que o ex-presidente vai ajudar o governo.


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“Lula não está fugindo porque ninguém está acima da lei. O STF tem capacidade para investigar qualquer ato. Várias investigações passaram por lá, como o Mensalão. A nomeação dele foi vontade da própria Dilma, que o convidou para ser ministro. Não tem a ver com o pedido de prisão. Inclusive o Ministério Público de São Paulo extrapolou sua legalidade. Então não tem fuga, e tampouco o Lula está usando isso como escudo”, afirmou o petista.

O parlamentar mato-grossense defende que a entrada de Lula será positiva para o governo federal, especialmente a política econômica. “Lula já demonstrou capacidade de articulação política e gestão. É importante a presença dele no governo para ajudar na articulação política e na recuperação econômica. Seria um absurdo a Dilma abrir mão dessa possibilidade de ter o Lula no governo”, afirmou.

Nos bastidores, a informação é que Lula teria exigido o comando da articulação política com a base aliada e da política econômica do governo. Ele assume no lugar de Jaques Wagner, que será remanejado para a chefia de Gabinete da presidente. Apesar de elogiar as mudanças que devem ocorrer no governo com a entrada de Lula, Ságuas descartou a tese de que Lula agora será o presidente de fato, enquanto Dilma se tornaria uma presidente “decorativa”, sem poder real.

“Dilma já demonstrou sua capacidade quando foi chefe da Casa Civil do Lula. E claro que um presidente não toma decisões isoladamente, e sim em conjunto com a equipe. E Lula fará parte dessa equipe. Ele não queria participar do governo justamente para não dar a sensação que ele, como ex-presidente, estava interferindo no governo. Mas ele atendeu a um convite da Dilma e apelos da bancada e dos aliados e agora vai ajudar na recuperação econômica do país”, disse.

Processos

No dia 4 de março, a Polícia Federal deflagrou a Operação Aletheia, a 24ª fase da Operação Lava Jato, que levou Lula em condução coercitiva para prestar depoimento, além de ter realizado buscas na casa dele, em São Bernardo do Campo (SP), e no Instituto Lula. Ao todo, de acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.

No dia 9 de março, o Ministério Público Estadual de São Paulo denunciou Lula por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, e outras 15 pessoas. O MP-SP ainda pediu a prisão preventiva de Lula, que foi negada pela juíza da 4ª Vara Criminal da Justiça de São Paulo, Maria Priscilla Ernandes Veiga de Oliveira.

A magistrada argumentou que os crimes denunciados não pertencem à justiça estadual, mas sim à esfera federal, e remeteu o processo para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). O inquérito não tem relação com a Lava Jato, e trata da ocultação de bens, como o apartamento triplex (de três andares) no Guarujá, litoral de São Paulo.
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