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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Maggi critica nomeação de Lula e diz que ele será ‘superministro’ e Dilma será ‘rainha da Inglaterra’

Foto: Ricardo Stuckert

Blairo Maggi e Lula têm histórico de amizade e apoio político

Blairo Maggi e Lula têm histórico de amizade e apoio político

O senador Blairo Maggi (PR) criticou a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil, na última quarta-feira (16). Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o senador de Mato Grosso avaliou que a nomeação dele vai transformá-lo em “superministro”, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) acabará se tornando uma figura decorativa no governo, com menos poder que Lula, assim como a rainha da Inglaterra e seu 1º ministro.


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“Acho um erro ele voltar. Ele vai virar um superministro e a presidente vai virar a rainha da Inglaterra. Como diz na Bíblia, não dá para servir dois senhores ao mesmo tempo”, declarou Maggi ao jornal paulista. Ele acredita também que a entrada de Lula no governo não impedirá a queda da presidente. “Acho difícil. É uma confusão muito grande”, disse, ao ser questionado sobre a possibilidade de Lula frear o impeachment.

Maggi ainda colocou em dúvida a credibilidade de um governo com participação petista para estabilizar a economia do país. “O duro é a credibilidade disso. Vejo as notícias de que se o Lula vier, ele vai pegar R$ 100 bilhões da reserva. Isso é um sinal horrível para o mercado”, observou.

Na entrevista, ele não falou sobre as investigações contra o petista e nem sobre as críticas de que Dilma estaria tentando proteger Lula ao nomeá-lo, para que ele tivesse foro privilegiado. A reportagem do Olhar Direto tentou contato com o senador, mas ele não atendeu às ligações.

Parceria e amizade

Blairo Maggi tem um histórico de apoio político e amizade com Lula. A parceria política de ambos começou quando ele ainda era governador de Mato Grosso, e resolveu apoiar o governo de Lula e sua reeleição à presidência da República. Em 2006, Maggi se desfiliou do PPS, um partido de oposição ao governo federal, e aderiu ao então recém-criado PR, que foi para a base governista. O apoio do então governador foi importante para que Lula conseguisse aceitação no meio empresarial e no agronegócio.

Desde 2015, porém, Maggi começou a tecer críticas à política econômica de Dilma Rousseff em seu segundo mandato, e em dezembro vestiu a camisa do impeachment – literalmente. Na entrevista ao Estadão, ele voltou a defender a saída de Dilma do governo, e que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o comando do Poder Executivo.

Leia a entrevista de Maggi no site do Estadão.
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