12 Abr 2016 - 14:45
G1
Além disso, foram determinados os bloqueios de igual valor da empresa Argelo & Argelo Ltda, da mesma quantia da Garantia Imóveis Ltda e ainda mais R$ 5,35 milhões da Solo – Investimentos e Participações Ltda. Todas estas empresas ficam em Brasília e têm o ex-senador Gim Argello como sócio. O valor total de bloqueio nas três empresas é de R$ 16,05 milhões.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Gim Argello é suspeito de cobrar propina para evitar convocação de empresários a comissões parlamentares de inquérito em 2014 e 2015. Ele foi senador senador entre 2007 e 2015.
O MPF afirma que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS – as duas empreiteiras são investigadas na Lava Jato. Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha aparentemente legais.
RESUMO DA 28ª FASE
Objetivo: investigar obstrução da CPI e da CPMI da Petrobras (2014 e 2015).
Outro lado
O advogado do ex-senador Gim Argello, Marcelo Bessa, disse que ainda não teve acesso ao processo e que, por isso, não vai se pronunciar.
Em nota, a OAS informa que "estão sendo prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em sua sede em São Paulo, na manhã desta terça-feira. A empresa reforça que está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações".
Procurada pelo G1, a UTC Engenharia afirmou que "a empresa não comenta investigações em andamento".