13 Abr 2016 - 12:45
G1
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Segundo levantamento feito pelo G1 nesta terça-feira (12), ao menos 20 parlamentares de 7 estados voltaram ou pretendem voltar à Câmara, ainda que temporariamente, nos próximos dias. Caso todas as mudanças se confirmem, a Casa terá substituídos cerca de 4% de seus 513 integrantes às vésperas da votação.
As trocas vão levar para a Câmara ao menos 12 parlamentares favoráveis ao impeachment e 7 contrários – o 20º tende a ser favorável, mas não fechou posição. Dos 20, 4 pertencem ao PT, 4 ao PMDB e 4 ao PSDB. Os demais são de PPS, DEM, PSC, PSD e PSB.
Entre os ministros de Dilma, ao menos quatro devem deixar os cargos para votar contra o impeachment. Três são deputados pelo PMDB: Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Mauro Lopes (Aviação Civil). A informação foi confirmada por Pansera. Patrus Ananias (PT), ministro de Desenvolvimento Agrário, deve confirmar a decisão oficialmente no fim de semana.
O ex-secretário de Transportes e logística Antonio Duarte Nogueira (PSDB) também deixou o governo Alckmin dias antes. Em seu Facebook, escreveu: "Amigos, reassumirei meu mandato de deputado federal a partir da semana que vem para participar de um momento de extrema relevância, quando a Câmara dos Deputados irá votar o impeachment da presidente Dilma”.
No Rio de Janeiro, a assessoria do deputado Arolde de Oliveira (PSC), secretário de Trabalho e Renda, confirmou que ele tomou posse para votar a favor do impeachment. Sergio Zveiter (PMDB), da Habitação, afirmou que vai votar a favor do impeachment e já comprou passagem para Brasília. "Vou votar a favor do impeachment por decisão minha, por achar que há crime de responsabilidade, e também pela orientação do PMDB", afirmou ao G1.
Em Goiás, Thiago Peixoto (PSD), que estava na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás, voltou para votar a favor do impeachment, segundo a chefe de gabinete do parlamentar.
Em Pernambuco, o secretário das Cidades de Pernambuco, André de Paula (PSD), confirmou a saída momentânea para votar no domingo, a favor do impeachment. Felipe Carreras (PSB), do Turismo, e Danilo Cabral (PSB), do Planejamento, também manifestaram interesse em participar da votação - ambos são a favor do impedimento - mas a posição final deve ser definida em reunião na tarde desta quarta-feira (13).
O secretário de Transportes, Sebastião Oliveira (PR), também aguarda a reunião da Executiva Nacional do partido prevista para esta quarta-feira para definir sua posição. Oliveira está em Brasília e, segundo sua assessoria, é em princípio favorável ao afastamento de Dilma.
Em Minas Gerais, Odair Cunha (PT) confimrou que irá deixar a secretaria de Governo para votar contra o impeachment. Miguel Correa (PT), de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, deve fazer o mesmo movimento, mas decisão ainda não está confirmada. A data de saída de ambos não está definida.
No Piauí, a exoneração de Rejane Dias (PT) do comando da Secretaria de Educação foi publicada no Diário Oficial de terça-feira (12). O secretário de Segurança, Fábio Abreu, deputado do PTB, só deve se manifestar sobre o assunto na quinta-feira (14).