14 Abr 2016 - 17:00
G1
Foto: Liliane Viana/Arquivo Pessoal
Segundo o proprietário da vaca, morador da comunidade Paru, região ribeirinha de Óbidos, Aluísio Câncio, no período de enchente dos rios é natural fazer a transferência de animais para áreas de terra firme na região. Com a intenção de conseguir recursos para viabilizar o transporte dos animais, Câncio selecionou 20 bovinos e vendeu para abate em um frigorífico. Entre os animais, estava a vaca, que foi escolhida por estar muito velha.
Câncio contou ao G1 que nunca presenciou algo parecido. Ele acredita que o fato é inédito no município. “Trabalho no ramo há mais de 40 anos e eu nunca tinha visto uma coisa parecida aqui na região. Deve ser um fato inédito esse bezerro com duas cabeças (...). Meu irmão levou os animais até o frigorífico e quando chegou aqui me deu essa notícia. Eu fiquei surpreso com esse fato, me deu medo, mas eu entendo que isso seja obra da natureza. É estranho, mas é a natureza. Era uma vaca velha que eu pensava que não daria mais filhos”, ressaltou.
O proprietário do frigorifico contou que o bezerro pesa 5 kg e tem aproximadamente 7 meses de gestação. “Nós congelamos ele e a minha filha vai tentar levar ele para uma universidade em Santarém para que sirva de estudos para estudantes de medicina veterinária. Deve ser um caso raro, então decidimos congelar o animal”, explicou Sivaldo Viana.
Mutação gemelar
Ainda de acordo com Simone, outro fator que pode ter contribuído para a malformação do animal é o uso do mesmo reprodutor na propriedade, o que limita a variabilidade genética do rebanho. “Geralmente, esses animais com mutações genéticas não são compatíveis com a vida. Dependendo do grau de mutação, ou eles nascem mortos, ou vivem poucas horas após o parto”, explicou.